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Uma Vida Por Outra

  • Katia Kistina
  • 17 de out. de 2016
  • 9 min de leitura

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O Detetive Montalvan começou a contar a Lup e Juan quem é a moça que deixaram no Hospital. - A moça é ... Bem, vou explicar do começo:

- A mais ou menos oito anos atrás aqui em Manaus no município de Cidade Nova uma família muito abastada dava uma festa para comemorar os dezoito anos de sua filha Fyora.

Os moradores tinham preconceito por eles serem negros e terem condições financeiras e status muito maior que qualquer outra família na cidade. Mas eles eram pessoas humildes e bondosas com todo dinheiro que possuíam. Convidaram a todos os que torciam os narizes para a comemorar com sua filha. E é claro que aceitaram. A festa estava no auge quando Ramon pulou o muro e ficou na festa como penetra. Ramon não tinha Status muito menos grana, residia em palafitas da Região norte manauara, mas era possuidor de uma grande alegria de viver e estava encantado com a beleza negra de Fyora! Ramon e toda sua família são caucasianos, mas não têm preconceitos com nada. Ramon e Fyora passaram a maior parte da noite juntos, dançaram, brincaram, estavam felizes. Encontrou os dois se beijando. Luzia movida por um ódio mortal jogou o copo que estava em sua mão na direção do casal... A mais ou menos oito anos atrás aqui em Manaus no município de Cidade Nova uma família muito abastada dava uma festa para comemorar os dezoito anos de sua filha Fyora. O copo acertou a testa de Fyora abrindo uma fenda que sangrou muito espirrando em Ramon ele olhou incrédulo para Luzia.Mas nesta festa estavam também, Luzia e seus pais que são uma família emergente. Foram a festa com “nariz torcido” Somente pelo status! A família de Fyora era badalada e com certeza na manhã seguinte estariam nas melhores revistas e jornais da cidade por causa da festa desta noite. Luzia gostava de Ramon e esse por sua vez, achava a moça muito “pedante” e não lhe dava a mínima. Luzia fez de tudo para chamar atenção de Ramon que só tinha olhos para Fyora. Quando a festa terminou Luzia procurou-o para chamá-lo, poderiam ir embora juntos...

= Porque você fez isso garota?

Perguntou o rapaz impressionado com o ato. Luzia tirou um lencinho que fazia composição com roupa dela e tentou limpar o rosto de Ramon que tomou o lenço da mão dela e limpou o sangue da face de Fyora depois jogou fora e entrou levando a moça para seus pais que chamaram o médico. Ramon pediu desculpas por ter entrado na festa sem convite e foi embora. Luzia apanhou o lenço no chão e foi embora da festa com seus pais que foram enchendo os ouvidos dela por ter estragado uma aproximação maior com a família Durval! Luzia com ódio mortal por Fyora ficou matutando uma vingança. Ela se lembrou que uma empregada de sua casa, havia lhe contado sobre uns feiticeiros que moravam no outro lado, na Zona Franca. Ela foi até lá tentar alguma coisa para sua vingança. O feiticeiro que a atendeu disse que ele é um coletor de almas, que poderia separar os dois para sempre, mas que ela perderia a coisa mais preciosa de sua vida. Luzia aceitou sem pestanejar nem perguntou o que perderia. Achou que seria algo material talvez. O feiticeiro disse que precisaria do sangue da pessoa e que o feitiço seria concretizado na próxima lua cheia. Ela então se lembrou do lenço! Levou ao feiticeiro, que pediu a ela que pensasse com toda força na pessoa que ela desejava o mal e logo depois em um animal. Mas não podia contar a ninguém quem é a pessoa nem mesmo a ele. Luzia fez isso e logo depois o feiticeiro pediu que ela fosse embora, mas antes de Luzia sair ele aviso-a de que o feitiço não teria volta e que ela se lembrasse que o mesmo seria dividido, assim como quem ela lançou o feitiço perderia algo precioso, ela também perderia. Na próxima noite de lua cheia Luzia se camuflou e seguiu o casal, queria estar presente quando o feitiço se concretizasse. (um feitiço que nem ela sabia o que seria, só que era uma vingança. Ramon pegou Fyora no portão e levou-a em sua moto até a lanchonete de um amigo um pouco afastada da cidade, lá serviam tacos mexicanos deliciosos. Fyora na garupa da moto abraçadinha a Ramon, brincou dizendo que teria que chegar logo a esse restaurante ou o devoraria inteiro por que estava com uma fome de animal. mordeu a orelha dele e disse

- Muito faminta!

Riram muito e Ramon acelerou dizendo que preferia que ela o devorasse de outra maneira e rumaram para o restaurante. Chegando lá ele o apresentou a seu amigo todo orgulhoso da sua namorada linda. Téo o dono do restaurante serviu-os em uma mesa na varandinha feita de bambu e sapê, muito aconchegante para os namorados. Quando Fyora deu a primeira garfada na refeição se abaixou sobre o corpo com a mão sobre o estomago gritando de dor pedindo a Ramon:

- Me ajuda pelo amor de Deus! Dói muito. Ramon tentou ajudá-la, mas Fyora não levantava a cabeça de jeito nenhum porque doía muito...Quando levantaram a moça para tomar a água, as feições dela estavam completamente mudada, as (meninas dos olhos) eram dois riscos que aumentavam e diminuíam, seu lábio superior aberto a baixo do nariz em formato de coração que deixava de fora duas presas enormes. Ramon desesperado com aquela transformação chamou-a pelo nome: Téo chamou os paramédicos e disse ao amigo que os tacos estavam normais como sempre. Trouxe água para moça. Achando que ela poderia ser alérgica a pimentas.

- Fyora minha querida! O que você?? O que está havendo meu DEUS?

Nesse momento a lua surgiu majestosa! Redonda e amarelada e Fyora começou a transformar-se totalmente em uma grande pantera negra. Diante dos olhos apavorados de todos que se encontravam no restaurante. Ramon que estava abraçado a Fyora querendo acalmá-la, terminou em baixo da pata dianteira da pantera. Fyora terminou a metamorfose com um rugido terrível e abocanhou o pescoço de Ramon e começou dilacerar o corpo dele ali na frente de todos que gritavam de desespero. Luzia também por vontade dela presenciou a Morte de Ramon. Abandonou o disfarce gritando e amaldiçoando seu ato impensado. Naquele momento ela percebeu que este era seu bem precioso. Téo apanhou o rifle atrás do balcão e atirou na pantera. Ela soltou Ramon e fugiu, mas foi tarde para ele... A policia chegou e Luzia desolada com a morte de Ramon contou tudo que fez. Os policiais foram até o casebre do feiticeiro que ficou sabendo que o que ele fez foi para sua própria neta Fyora! Então o velho feiticeiro pediu aos policiais que o deixasse tentar reverter o feitiço ou pelo menos minorar. Deixaram ele em condicional para fazer. O feiticeiro tentou, mas conseguiu apenas que Fyora voltasse a forma humana a cada sete anos que viesse como animal e que ficasse assim até a próxima lua cheia. E só conseguiu isso dando sua vida em troca, ele queimou seu corpo aos espíritos para que esse feitiço acontecesse e deixou vestígios Para Fyora seguir quando voltasse à forma humana, desse modo ela poderia procurar a cura. Mas o feiticeiro não contava que Fyora voltaria esquecida de tudo que aconteceu, não lembrando nem mesmo sua identidade. Os moradores acuaram a pantera até que ela se embrenhasse na mata e nós colocávamos novilhos ou bezerros nas proximidades preso a uma corda. Precisávamos alimentá-la, ela não sobreviveria sozinha. Pelo que sabemos. Ela nunca atacou um ser humano sem ser seu namorado naquele dia fatídico. A menina Luzia provocou suicídio atirando-se ao mar, mas só o que conseguiu foi uma vida vegetativa por falta de oxigênio no cérebro. Os pais dela como sempre disseram que a Fyora teve toda culpa ao invés de ver o mal feito da filha. Contratou dois caçadores para abater a “ameaça” e eles o fizeram e trouxeram até a praça principal uma grande pantera negra abatida. Desde esse dia nunca mais ouvimos falar de Fyora até hoje com essa estória que você compartilhou. O que nos deu a certeza que falamos da mesma pessoa e que ela veio para casa por instinto. Se esta moça for mesmo Fyora daqui a vinte e sete ou vinte e oito dias será novamente uma pantera e vai nos atacar... Precisamos que ela recobre a memória e se livre deste feitiço. Juan quer saber quais são esses indícios, o Detetive disse que só Fyora entenderia.

– Mas, Como? Se ela nem sabe quem seja

Lup pergunta ao detetive se ele sabe onde encontrar os pais de Fyora: Ele disse que Ao saber da morte da “filha” os pais de Fyora se transforma com um rugido assustador de volta em pantera. Seu rugido é alto, mas muito sofrido. Vão atirar novamente quando Juan grita estendendo as mãos... Ele está no chão bem próximo a pantera que rosna pronta a devorá-lo, ele apanha uma faca na bota, bem na hora em que a pantera lhe desfere uma patada Juan corta a cinta de couro que a prende pela barriga. Todos atiram, mas a pantera foge mata adentro sobre os tiros que fuzilam raspando seu couro, diante dos gritos desesperados dos pais que permaneciam escondidos, não foram embora como Juan pediu. Tentam acudir Juan... Mas o rapaz já está morrendo. O Detetive fecha seus olhos e diz. partiram para Colômbia não tinham mais esperanças..Lup e Juan saíram em busca e trouxeram os dois para reconhecerem a moça; O casal chegou ao hospital sem muita esperança, a moça dormia. Eles entraram e ao vê-la adormecida abraçaram-se e choraram muito. Então Lup teve a certeza de que era Fyora a filha deles. Lup conversa com os pais e conta sobre todo acontecido e quer saber sobre o feitiço. O filho de Zullu não sabe fazer feitiços. Mas leva Lup e Juan até a casa do pai, os deixa lá e volta correndo por que quer ficar perto de sua filha, não quer mais perder tempo. Sabem que tem bem pouco até que ela queira devorá-los. Lup deixa Juan no casebre para revirar o que puder, embora empoeirado tudo permanece intacto, os nativos sentem medo de se aproximar. Juan procura, revira, lê os livros que encontra por lá e não encontra nada que possa ajudá-lo na quebra deste feitiço só como realizá-lo! Então, o que precisa fazer é ajudar a moça a recobrar a memória.Os médicos juntamente com os pais de Fyora tentam de tudo em vão! Só resta a Juan uma semana para a próxima lua cheia... Ao perceber isso ele sente que a “ama mais que tudo” e que vai perdê-la... E faria qualquer coisa por ela. Juan joga sua ultima cartada. Diz aos pais de Fyora que se ela não recuperar a memória, que a levem para beira do rio no primeiro dia da lua cheia e mesmo com pesar a amarrem lá. Pede também para que não fiquem perto. Não precisam contar a ela sobre o que irá acontecer, e por mais que doer devem prendê-la. Juan providência uma cinta de couro cru, com um elo que irá ser preso a uma corda e amarrada na árvore. Juan pede que a deixem lá e se afastem o mais rápido possível. Eles querem saber onde Juan estará; ele diz que estará tentando até o ultimo momento. Juan volta ao casebre se Zullu e faz o feitiço para si mesmo, corta o pulso e deixa pingar sobre os aparatos mágicos e pensa em uma pantera. Vai até o Detetive e pede que ele fique em um ponto estratégico, armado com seu rifle de longo alcance na mira. Por que se toda essa história for verdade ele será também um felino na mesma hora em que Fyora deixar a forma humana. Com o perigo de que o feitiço que está em Fyora seja quebrado... Então ela amarrada assim, será uma presa fácil para ele que sera uma pantera. Tem também a hipótese de nada acontecer e os dois continuarem tentando a recobrar a memória de sua amada. Está tudo preparado como ele pediu. Os pais de Fyora a deixam amarrada na árvore; a moça chora sem saber o que está acontecendo. Os policiais estão a postos esperando. Juan fica esperando mais de longe a lua aparecer, todos apreensivos. De repente Fyora abaixa sobre o corpo sentindo dores, todos prestam atenção nela que se contorce gritando de dor. e desmaia. Continuam de longe esperando a transformação, quando da escuridão surge uma enorme pantera negra e ataca Fyora saltando em cima dela... Todos atiram ao mesmo tempo...Abatendo a pantera que cai mortalmente ferida ao lado de Fyora desfazendo a metamorfose, voltando a forma humana de Juan, enquanto ao mesmo instante Fyora.

- Terminou! Uma vida pela outra! Nenhum feitiço tem só um lado da moeda.

Ampara os pais de Fyora levando-os para a viatura policial. Antes de ir embora, olha triste para a mata pensando:

- O que será de Fyora a Pantera negra?

Como resposta ouve-se ao longe o rugido de lamento da Pantera... Lup diz aos pais da "moça"

- Não desanimem! Em sete anos ela voltará enquanto isso vamos tentar achar o contra feitiço.

O detetive ao ouvir isso pensa olhando-os partir:

- Oh Deus! Mais vidas por vidas... perdoem nos senhor! Tudo que farão será por amor... ....

 


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