O Feitiço
- Katia Kristina
- 17 de out. de 2016
- 12 min de leitura
Para quem não acredita no Sobrenatural : Existe uma mulher Pantera entre nós os seres humanos , Ela vive em outro plano astral. Se apresenta como uma mulher alta, magra mestiça e toda de negro, seus olhos são claros e chamativos como os de uma pantera e dizem que no plano astral em que vive, seus soldados são estes magníficos animais! As panteras negras. Ela se chama Mafdet é Egípcia e muito requisitada por aquelas mulheres que foram traídas pelos seus maridos e namorados e querem vingança… Mais fiquem sabendo que esta poderosa Deusa pantera, gosta de trabalhar em prol da a saúde e de guerrear contra feitiços e armadilhas do astral.
Em uma alameda tranquila Iluminada pelos raios do luar de agosto caminhava distraído um jovem. Estava voltando do Club. Olhou para o relógio eram 04:00 horas da manhã! Fazia um silêncio gostoso só quebrado pelo som do vento que de vez quando passava fazendo a festa nos cabelos dele. O nome dele é Juan Hernandez é porto-riquenho tem 23 anos , estatura mediana, magro, pele clara, cabelos com um ar desleixado que o deixava muito sexy! Os olhos claríssimos em tom cinzento e o sorriso bonito. Podia-se dizer “um gato”! Estava à pouco mais de um ano na Zona Franca de Manaus trabalhando em uma montadora de aparelhos eletrônicos. Não possuía automóvel, só uma Honda! E que Honda! (Motor 499cc, 4 Tempos, 2 Cilindros, Refrig. Líquida, Comando DOHC, 08-válvulas – potência - 54 cv a 9.500 RPM - 2 carburadores VP 33 mm - Ignição: Eletrônica- 06 marchas. - Vel. máxima: 187 Km/h - Tanque: 18 Litros) que usa mais para ir ao trabalho, quando vai ao Clube prefere o Táxi, porque sempre toma um aperitivo ou cervejas e não é bom guiar sendo incapaz de distinguir entre causa e efeito. Hoje, não usou um nem outro, sentiu vontade de caminhar nessa noite tranquila de vento gostoso. Estava na metade do caminho quando ouviu um rugido de animal...
= Santa Madre de Dios! Animal selvagem?...
Disse Juan balançando a cabeça negativamente para dispersar esse pensamento:
= Como animal selvagem? Aqui: Estou na cidade! Acho que bebi um pouco além do que deveria.
Pensando assim continuou seu caminho pela a alameda com as mãos nos bolsos, desconfiado... Novamente ouviu o rugido dessa vez mais perto...
- Não é bebida caramba! Dios santissimo Tem um animal por aqui e me Pareceu rugido de uma onça, dum leão sei lá! Santa Luia! Será que fugiu um animal do zoológico?
Juan passou a andar mais rápido olhando para os lados já procurando onde se esconder se fosse preciso. Desiludiu-se ao notar que todos os portões são daqueles bem altos, eletrônicos. Tem muitas árvores, mas se fosse um felino! Pelo menos é o que parece ele estaria perdido de qualquer forma, pois os felinos sobem em árvores e bem mais rápido que ele. Lembrou-se do celular! Apanhou no bolso tremendo e ligou para emergência. Atenderam de imediato só que, mandaram que ele parasse de passar trotes ou seria detido, naquela hora, o que Juan mais queria é ser detido. Para que isso acontecesse bem rápido, depois ele se explicaria começou a xingar a pessoa do outro lado do fio... E o que conseguiu foi que desligassem o telefone na cara dele. Juan estava tentandor novamente quando no outro lado da rua larga avistou uma fera! Parecia uma pantera, Juan não sabe nada sobre felinos deduziu porque o bicho era preto e enorme. Ficou apavorado e rezou.
-= Dios mi Padre ayadame! Que faço agora com esse bicho no meu encalço sem ter pra onde correr?
... Começou a andar de costas até chegar perto do muro se armando de coragem para saltar! O muro era alto, Juan tinha certeza que os cães la dentro iriam estraçalhar sua pobre carne... Mas poderia sair vivo. O que um felino selvagem não permitiria, iria come-lo até os ossos.... Juan estava rente ao muro armando o salto quando ouviu o arfar do animal bem perto... Ficou petrificado o animal estava atravessando a alameda na sua direção. Ele sem ter o que fazer esperou o ataque... Não adiantava correr, ele já estava na visão do animal... E ela vinha apertando o passo na direção dele... Armou o salto!!! Juan não conseguiu fechar os olhos esperou.... Antes de pular o animal olhou para o rapaz que tremia de medo grudado no muro diante dos olhos da fera que brilhavam com as luzes da alameda. A pantera saltou... Juan fechou os olhos nessa hora. Sentiu um vento quente, se encolheu todo.... e..
= Dios! Não fui comido! Ainda estou vivo!
O animal havia saltado por cima da cabeça de Juan pulando o muro onde ele esta encostado... Aliviando por enquanto o pavor do rapaz que não precisava ser estraçalhado pelos cães. Depois do susto sem tamanho, ele deixou o corpo escorregar rente o muro sentando no chão por uns minutos para se refazer do susto. Passado um pouco a moleza das pernas Juan andou rápido, quase correndo para chegar ao final da alameda e pegar um táxi na rua principal. Ele já estava à uns cem metros da estrada e avistava o ponto do táxi quando ouviu um grito estranho e arrepiante. Um grito... Sofrido. Sua vontade foi correr mais ainda para alcançar o táxi, mas seu instinto de ajudar falou mais alto. Alguém poderia estar sendo comigo no lugar dele. Juan voltou correndo escalou o muro e esquecendo os tais cães que poderiam estraçalhar sua carne pulou para dentro da propriedade onde o animal invadiu. Andou devagar procurando por aquele imenso jardim ainda escuro, pela pessoa que gritou. Mas na frente tinha uns refletores, ele foi pé ante pé até lá, Estava um silêncio total e ainda não havia amanhecido totalmente. Juan chamou baixo:
= Hey! Você! Pode me ouvir? Você está ferido? Estou aqui pra ajudar...
A casa ficava bem mais no fundo encoberta pelo bonito jardim de flores exóticas, as luzes se acenderam na casa. Juan esbarrou em algo quando olhou no que foi... Segurou o grito com a mão na boca! Um dos Rottweilers estava estripado no jardim e foi arrastado até ali, pelas marcas de sangue iluminadas pelos refletores. Juan andou mais um pouco e encontrou outro, dessa vez... só tinha a carcaça. Esse foi devorado quase todo... Juan olhou para todos os lados e não viu ninguém, então imaginou que foi o desespero dos cães que deram a impressão de ter sido uma pessoa gritando. Estava se preparando para saltar o muro de volta antes que o “bicho quisesse comê-lo também. Nisso, ouviu um gemido abafado... Parou! Ouviu atento! Novamente o gemido. Ele voltou a procurar:
= Dios Santissimo! O bicho deve ter atacado uma pessoa além dos cães!
O arbusto se mexeu... Juan se preparou! Teria que lutar com o bicho mesmo sabendo ser inútil e que seria devorado. Mas a "pantera" não apareceu. Outro gemido, o arbusto se mexeu com mais força. Ele então imaginou a cena do bicho devorando uma pessoa ainda viva... Num relance arrancou uma pedra do canteiro Juan vai até lá com medo, mas é muito prestativo e solidário... Afasta as folhas da arvorezinha bem devagar... No chão uma mulher nua e ensanguentada... ele tira a camisa e veste nela, está frio, é quase manhã e a moça está tremendo. Juan vê que no rosto dela tem muito sangue e chama os moradores . Aparece um senhor de roupão com uma arma apontada;
- Quem está aí? Eu vou atirar!
Juan solta a moça e balança os braços, o homem o Vê assim sem camisa a essa hora da manhã atira acertando o ombro de Juan de raspão. Foi só um aviso, mas o impacto faz o rapaz girar sobre o corpo e cair. Aproveitando o ferimento de Juan e o tendo indefeso o homem vem ver o que está acontecendo e porque os cães não atacaram esse cara que está no quintal da casa dele. Juan ao vê-lo se aproximar fica imóvel, tem medo que ele atire novamente. O homem se aproxima com a arma em punho e a mira apontada... É um rifle de repetição semiautomático com precisão sub-MDA (minuto de ângulo) calibre .223 e um raio de giro de 1:12 que atira de maneira precisa somente com uma bala de 2,59 – . Isso causou uma dor no ombro atroz e Juan não quer senti-la em outra parte do corpo. O dono da casa está de pé ao lado com a arma acima de Juan mirando seu tórax... Ele não se explica porque esta preso de pavor que o homem atire... Nisso o senhor olha ao lado e vê seus cães mortos. Aliás, os restos de seus cães.... Pergunta cheio de ira:
- O que você fez aos meus animais? Voce é um psicopata!!
E vai atirar quando a moça chama:
- Por favor, não o machuque... Ele me ajudou...
ela está quase sem voz de tão fraca... O homem assusta-se e pergunta:
- Quem é você? Meu Deus o que vocês fizeram? O que aconteceu aqui na minha propriedade?... Voce está sem camisa, a mulher seminua meus cães de guarda mortos!!!...
para não assustar o homem Juan diz pausadamente:
- Por favor, Senhor! Não atire eu vou explicar, porém estamos todos em perigo! Não omos nós que fizemos isso...
- Ah tá bom e quem foi engraçadinho? só vejo voces dois
= Senhor acalme-se! Me ouça: tem um bicho enorme em sua propriedade, foi ele quem matou seus cães e pode ter ferido a moça, olha como ela está cheia de sangue. Eu pulei o muro para socorrer quando ouvi o grito! Meu nome é Juan Hernandez eu estava voltando da boate quando o bicho apareceu e (...)
Juan contou ao homem o que aconteceu, ele acendeu as luzes que são quase inúteis, porque já está amanhecendo O dono da casa pergunta:
- onde essa moça entra na história?
Pergunta Lup olhando para ela que responde com dificuldade...
*- eu não sei?
- De onde você surgiu?
*- Não sei!
- Como assim não sei? Você não sabe nada moça?
E vai continuar, mas Juan pede que ele o ajude a cuidar da moça. Porque deve estar muito ferida. O homem aceita meio a contragosto, essa história de bicho está estranha, mas a moça está sangrando ele diz a Juan:
- Está bem! Pegue-a e me siga;
Juan pega a moça nos braços e o acompanha gemendo pela dor do ombro. O homem o leva para a casa do caseiro que está sem morador e fica á uns cinquenta metros da casa principal. Chegando lá deitam a moça no sofá da sala e ele pede a Juan que vá ate o outro cômodo e traga toalhas. Lençóis e uma caixa com primeiros socorros. O rapaz vai segurando o braço, pressionado o ferimento, quando volta o homem já providenciou a água para lavar as feridas da moça. Juan sente o braço doer muito, queimar, Mas nem se compara ao que irá aparecer quando limparem tanto sangue do rosto da mulher. O homem limpa com muita presteza o sangue da mulher lavando as toalhas que está usando, o sangue tinge a água na bacia branca de ágata. Para a grande surpresa dos dois, a mulher não possui um arranhão se quer no rosto, nem pescoço e adjacências... É jovem e muito bonita.! Olharam-se incrédulos: De onde poderia ter vindo tanto sangue...
-= Porque tanto sangue? E essa fraqueza? Será que é hemorragia interna? Ela sangrou pelo nariz?
Indaga Juan. E o homem responde:
- Não se trata de hemorragia ela não está hipotérmica a temperatura dela está normal, amena, o coração está com as contagens do batimento cardíaco perfeito. “MISTÉRIO”.
Depois de limpá-la o homem (que agora se identifica como Lupércio (Lup o Taxidermista) acomoda-a e cobre. Ela dorme como uma criança depois que faz peripécias. Eles vão para fora tentarem entender o que ocorreu. Olham ao lado dos cães e vêem rastos de animal de grande porte. Como Lup lida com animais entende que são rastos de um felino. Os cães tiveram as vísceras arrancadas, os animais estavam ocos e faltando grande parte na área da barriga. Ele diz a Juan: É rapaz voce está certo! Tivemos um grande felino por aqui. Eles procuram rastros com muito cuidado, já amanheceu, mas o animal ainda pode estar por perto. Pensando assim voltam para dentro e chamam a policia.
- É melhor deixar com eles.. Entendo muito de animais mortos.
Olham para o sofá onde deixaram a moça e não á vê!
- = Onde está ela?
Os dois falaram juntos. Procuram por perto, não encontram...
- Ela não saiu! O portão está fechado e é eletrônico Embora, pelo que parece ela entrou saltando o muro como voce, mas é pequena, deve ser uma traceus ou ginasta.
Disse Lup enquanto levava Juan para casa principal, antes de entrar olhou para porta ao lado, que fica fora da casa principal, onde estão em exposições os seus animais empalhados ... Lup estranhou a porta estar aberta... Eles entraram devagar... E ela estava lá dentro. A sala estava escura, as janelas permaneciam fechadas. Lup acendeu uma lâmpada bem fraquinha para não ferir os olhos da moça que estava no escuro. E ficam paralisados! A moça tem uma beleza surpreendente, está caminhando entre os animais empalhados com o lençol seguro pelo braço esquerdo na altura da cintura, meio frouxo deixando a entrada de sua bunda perfeita de fora. Ela acariciava cada animal com uma dó visível, seus cabelos chegam quase na cintura com as pontas insinuantes como quem não os corta a muito tempo. O que parece estranho, é que eles não estejam embaraçados, caem leves em cascatas sobre seus ombros... Ela vira-se sem se importar com os seios que estão nus. Está chorando! Juan fica encantado ao ver as lágrimas que saem de seus grandes olhos verdes rasgados como os de gato, correm por seu rosto fazendo o contorno de seus lábios grossos e desenhados, escorrendo por sua pele cor de bronze... Os olhos de Juan acompanham as lágrimas até as curvas perfeitas de seu corpo e pensa quase falando:
- Que mestiça linda!
A moça está silenciosa, volta-lhes as costas como se os julgasse por aqueles animais empalhados. Juan e Lup continuam na porta olhando a moça caminhar entre eles com andar lento e sinuoso, projetando um passo na frente do outro como andam os gatos. Lup se refaz primeiro e pergunta:
- Moça! Você quer comer alguma coisa? Beber? Já está de manhã deve estar faminta.
Ela para de fronte a uma pantera negra põe a mão entre os olhos dela e responde tristonha.:
- Não... Não tenho fome. Só preciso beber água...
Juan ainda encantado pergunta:
- Qual é o seu nome moça? Ele é Lup o dono da casa e eu sou Juan
A moça olha-os como se tentasse lembrar alguma coisa; tem uma doce expressão interrogativa e responde decepcionada...
- Meu nome? Eu não sei qual é o meu nome... Não lembro quem eu sou... E agora? Para onde vou?
Eles olham-se em silêncio.
Nisso chega a policia. Lup abre os portões eletrônicos. Eles entram e começam a colher provas e a fazer interrogatórios, Juan vai até a moça e a cobre com o casaco que Lup lhe emprestou. Os investigadores entram e chamam o detetive no canto e fala algo baixinho. Todos se olham e depois olham para a moça. Juan pergunta o que houve, diz que a moça foi encontrada quase desmaiada, que pensaram que o felino havia lhe mordido ou qualquer outra coisa... O detetive interrompe e pergunta aos dois:
- Onde está o felino? Quem atirou nela?
- Nela? Como sabe que é uma fêmea? Ninguém atirou no animal eu nem o vi só o rapaz aqui é que teve quase um contato com ele.
Diz Lup. O detetive apanha a arma de Lup, examina e pergunta.
- Porque sua arma está deflagrada?
- Eu atirei no rapaz como aviso. Ele estava dentro de minhas terras, sem camisa e intacto, meus cães em silêncio não havia o atacado, meu pensamento primeiro foi que o rapaz os havia envenenado para assaltar a casa.
Sem parar de olhar para a moça que nem dava a mínima para todo interrogatório o investigador perguntou:
- Para que lado o felino fugiu rapaz?
Juan está intrigado. Esse Investigador pergunta tanto pelo felino como se fossem velhos conhecidos e lhe responde calmo para que ele entenda tudo.
- Senhor eu só o vi quando saltou o muro entrando na propriedade do Senhor Lup, eu fugi assustado e quando ouvi os gritos voltei, ele já havia feito o estrago e desaparecido.
- E a moça? = Não sabemos, ela foi encontrada por mim no jardim, nua, ensanguentada e muito fraca. Chamei os donos da casa para ajudá-la, pois não podia sair com ela para levá-la a um PS por que estávamos fechados aqui não dava para pular o muro com ela. Eu achei que ela estivesse estraçalhada, havia muito sangue em seu rosto, colo, cabelo...
Lup pede a palavra:
- Doutor! A moça está com uma espécie de amnésia, mas é muito educada.
Os detetives olham-se novamente, deixando Lup e Juan cada vez mais intrigados. O o Investigador chefe diz que vai levar a moça a um hospital e chama os dois com ele.
= Estamos presos? Pergunta Juan
- Não só averiguação! Você Sr. Lupércio pode vir em seu carro com o rapaz e a moça.
- Sim, Senhor! Dê-nos um tempo para nos vestirmos decentemente.
- Tudo bem! Enquanto isso eu irei providenciar a remoção dos animais.
Lupércio acordou sua esposa e pediu que ela ajude a moça e foi se vestir Juan lavou o rosto e vestiu novamente a jaqueta que Lup emprestou. D. Isabel a esposa de Lup vestiu a moa com uma roupa sua, arrumou-lhe os cabelos com um rabo bem alto. Ela disse que valorizava o lindo rosto da moça. E lá foram todos eles foram para delegacia, antes deixaram a moça no hospital aos cuidados do Doutor Hermani um neurologista conceituado e rumaram para delegacia, lá o Detetive levou-os para sua sala, pediu que sentassem, rodou um pouco entre a mesa e a cadeira passando a mão na barba... Parou em frente os dois e disse:
- Vocês podem me achar louco pela história que vou lhe contar, mas é verídica! Todos na cidade conhecem.
Essa moça é...
....

Continua....