Petit Diable
- Katia Kristina
- 1 de out. de 2016
- 7 min de leitura
Maintenant, plus un conte de terreur, parle du Grand Paris.Les Catacombes de ParisL'Empire de la Mort
Noite alta! Está muito calor esta noite, uns 35°. Os jovens da cidade resolveram fazer uma festa nas cavernas Catacumbas da cidade de Paris. Eles sempre fazem isso quando está quente. Dentre eles está Emily, uma moça rebelde e transloucada, que abandonou a família no Brasil para ser dançarina nas boates de stripper em Paris. Ao saber que seu irmão Alexandro (Alê) está desempregado, porque a companhia onde trabalhava pediu concordata. Ela mandou que ele viesse trabalhar de barman que as gorjetas são muito boas. Alê pensou um pouco se seria uma boa, ele é muito tímido e ser barman!
= "Não sei se conseguirei"
Pensou ele: ma s acabou aceitando! Chegou a "cidade Luz" à tardinha e Emily foi logo levando-o na boate aonde ela trabalha. Alê é um rapaz bonito, tem um ar misterioso, esconde seus belos olhos negros atrás dos cabelos que lhe caem no rosto fazendo-o jogar a cabeça para afastá-los, o que lhe dá um charme ainda maior. As moças da boate logo simpatizaram com ele.
"Lua" a dona da boate pediu que ele desse uma “palhinha” do que sabia fazer para ver se servia para o trabalho. O rapaz imediatamente dobrou as mangas da camisa, prendeu os cabelos em um rabinho deixando uns fios soltos que lhe caiam na testa fazendo contraste com a sua pele alva, lavou as mãos, deu uma rápida “olhada fotográfica” para situar-se e ver onde estava tudo, cada bebida, cada coisa que iria precisar. Não ficar procurando as coisas na hora em que alguém solicitasse um drinque. Alê deu “conta do recado” até a chegada de "Jole" o barman da noite. "Lua" gostou muito! E é claro que já estava empregado! Alê saiu do bar sob o olhar grato de Lua. Quando voltou do lavabo as moças da boate já estavam a sua espera, o agarraram e foram levando Alê para a festa que estavam planejando. Alê não queria participar afinal não conhecia ninguém, e ao saber onde se daria a festa pensou em não ir, mas ficou entre o temor e a curiosidade. Levaram o rapaz até as Cavernas Catacumbas da cidade de Paris.
Ao chegarem as jovens foram logo apresentando Alê ao DJ Allan Pierre que já estava em sua SVM 1000 - A melhor mesa de DJ que mistura Áudio e vídeo.
Ele "mandava" algumas mixagens espetaculares. Alê ficou espantado com cenário! As cavernas eram revestidas de ossos humanos em grande escala.
Eram todos sobrepostos com excelência. A mesa do DJ em cima de uma espécie de tablado feito com crânios humanos. Alê dá uma olhada em tudo um pouco desanimado, não conhece ninguém, A iluminação é bem fraca, mas seus olhos se ajustaram rapidamente, parecia que estavam em um túnel normal a não ser pelos ossos. Olha para o lado... Sua irmã desapareceu! Alê começa a pensar que não deveria estar ali. Andou um pouco olhando uns túneis para esquerda, para direita quando avistou uma placa onde leu:
(Arrete! C'est ici L'Empire de la Mort) - (Pare! Este é o Império dos Mortos)
Alê parou! Voltou e ia perguntar a alguém se viu Emily quando Allan Pierre parou a música e começou a falar:
E todos chegaram perto para ouvi-lo com atenção:
- Boa noite Cambada! Muitos de vocês já conhecem esta história.
Mas irei contá-la hoje para os novatos, principalmente para Alexandro o novo Barman da Boate “L’impériale de Perles" e também o irmão da minha grande amiga Emily. - Certa vez eu perguntei no meu melhor francês, a um homem que falava sobre as "Cavernas Catacumba" ( Avez-vous vu un fantôme?) se ele já havia visto um fantasma. O sujeito sorriu e respondeu. "Je ne sais pas," deu de ombros e saiu . Eu passei três anos em Paris, e tive a chance de visitar as Catacumbas. Eu sabia que existiam ossos guardados em túneis abaixo da cidade, mas eu não estava preparado para descobrir quantos ossos estavam se erguendo das entranhas de Paris. As Catacumbas de Paris são uma rede de túneis e cavernas que se estendem por mais de 300 quilômetros sob a cidade.
Começou porque um Famoso Monarca desejava construir muros cercando a cidade para protegê-la de invasores. Esses muros foram construídos com o material retirado dos subterrâneos de Paris. A retirada de material prosseguiu sem maiores cuidados até que o peso das construções passou a trazer um grave perigo uma vez que elas estavam edificadas sobre cavernas ocas. (Cavernas que foram feitas ao retirarem materiais para construir o tal muro). As construções eitas na cidade de Paris começaram a ruir e desabar nas cavernas que existiam abaixo delas. Foi mais ou menos nessa época que um segundo problema começou a atormentar os parisienses -- os cemitérios da cidade estavam lotados... Realmente lotados. Principalmente "L' Cimetière des Innocents" (O Cemitérios dos Inocentes) que sozinho, comportava trinta gerações de restos humanos.
As "Famílias” costumavam pagar aos párocos para enterrar seus mortos no terreno das igrejas. Os padres aceitavam o dinheiro, mas logo não havia mais espaço para colocar tantos corpos. Então os religiosos decidiram criar uma espécie de depósito para os mortos que ficaram conhecidos como “La fosse commune" [ A cova comum Ou Sepultura dos Indigentes]”. Os cadáveres eram ali colocados, todos juntos num único e grande buraco cavado no solo."Na época, poucos corpos eram colocados em caixões, pois poucos podiam arcar com esse luxo. A maioria dos cadáveres eram envolvidos em um saco de tecido cru que era então costurado depois com o cadáver dentro. Sob os corpos era aplicada uma camada de cal virgem para ajudar na desintegração da carne fazendo com que restassem apenas os ossos."A medida que a cidade emergente cercava os cemitérios, não havia mais lugar para enterrar os mortos senão uns por cima dos outros. Em Cemitérios como o dos Inocentes, que continuavam recebendo cadáveres, o chão se elevava a até três metros de altura com a quantidade absurda de corpos ali depositados. O fedor era um tormento para aqueles que viviam nas proximidades. Em tempos de chuvas, as coisas eram ainda piores: as enchentes arrastavam corpos apodrecidos para as ruas. Doença e pestilência proliferavam entre os residentes dessas regiões"
Paris é abastecida por rios subterrâneos e fontes de água naturais. O material depositado nos cemitérios contaminava o suprimento de água, e assim era responsável por inúmeras doenças além da proliferação de ratos.
A decisão de esvaziar os cemitérios não foi muito popular, mas foi a medida necessária para salvar Paris de seus mortos. O local escolhido para depositar os restos foi o sistema de túneis que também constituía numa terrível ameaça para a cidade. Essa medida que era uma solução para a superfície da cidade de páris também era uma solução para os subterrâneos. Assim resolveriam ambos os problemas. Em 1785, os ossos começaram a ser movidos em massa para os subterrâneos. Tornando assim as velhas cavernas das pedreiras um local de descanso finalmente. Os ossos eram transportados do cemitério para as catacumbas em grandes carroças cobertas com uma lona preta, sempre à noite, pois ninguém queria topar com essas carroças e seu conteúdo assustador.
Os Parisienses acreditavam que se uma dessas carroças parasse ou quebrasse em frente a uma casa, era sinal de que alguém dali morreria em breve.
A primeira pedreira que recebeu os ossos ganhou o nome de 'Carrière de la Tombe Issoire.'
Perturbar os mortos é um tabu universal. Muitas culturas acreditam que os mortos devem ser deixados em paz, e muitas religiões prestam rituais e cerimônias visando garantir um lugar de descanso para seus entes queridos. Entretanto, os vivos têm preferência. E uma turma de Universitários que tinham a maluquice de achar que eram bruxos, vinham sempre para as cavernas tumbas e faziam seus ritos “maléficos” E como todos sabem em ritos de bruxos ou mesmo os que "acham" que são bruxos rola muito sexo, numa dessas orgias um deles engravidou a filha do reitor, foi aquele rebuliço. Para esconder a gravidez a moça fingiu estar doente e foi para casa da avó que era cega e morava fora da cidade, exato nos arredores das cavernas. Nas loucuras profanas que eles faziam inventaram de dizer que o bebê era filho do cão. Quando o bebê estava para nascer trouxeram a moça para as cavernas e o bebê nasceu nelas. Eles arrumaram um cantinho entre as ossadas deixaram o bebê e vinham alimentá-lo todos os dias. As pessoas ouviam os choros desesperados do bebê na sua solidão, mas como estava entre os ossos das cavernas achavam que fosse fantasma e não se aproximavam. Porque ouviam sempre durante a noite que a cidade estava em silêncio. No sétimo aniversário da criança, continuaram com as sandices
"bruxisticas"! fizeram um ritual a moda deles e colocaram enfiado na cabeça do menino uma carcaça de cabeça de cabrito. apresentavam o pobrezinho aos novatos do grupo de "bruxos" dizendo que ele era o próprio cão ! confforme o menino foi crescendo, o crânio também crescia esmagado na carcaça da cabeça do cabrito e parecendo mesmo monstruoso.
O Mantiveram amarrado, pois ele não poderia escapar.
A pobre criança cresceu assim se achando um pequeno demônio e como podem deduzir enlouqueceu com isso, quando chegou à puberdade, com seus hormônios mudando e sentindo coisas diferentes, achou que era a hora de sair da caverna, ele precisava de algo que não entendia o que era, mas não deixaram. Isso fez com que o "Petit Diable" ficasse mais louco! Sua fúria e seu constante debater nas correntes o tornaram forte! Certo dia conseguiu arrebentar as correntes.
Andou um pouco pelas cavernas olhando tudo, havia chovido e escorreu água da chuva por um cantinho formando uma poça, o "Petit Diable" chegou até a poça e encantado tocou na água, assustou-se, pois a poça se moveu, a água que ele conhecia eram sós as que vinham em garrafas pára seu consumo. Mas a curiosidade fez com que ele chegasse novamente próximo a poça, era algo novo e bonito para ele. Em vez de tocar começou a examinar, olhava de um lado de outro lado até que... Viu um rosto. Sentiu medo pela primeira vez... Ele era um demônio e demônios não temem, mas aquilo era tão horrível que ele ficou no canto da parede esperando a criatura sair dali,... Mas nada aconteceu o monstro não foi atrás dele... Então ele foi de novo... Olhava via ele e saia, fez isso várias vezes, até que percebeu que o que via era sua própria face... Teve medo e um pouco de dúvida, ninguém o contou que fosse assim! Aproximou-se novamente e teve a certeza que aquele era o seu rosto. Berrou tão alto e dolorido que seu berro ecoou pelos bueiros invadindo a cidade de Paris. Surgiu então a lenda de que havia um monstro no subsolo e começaram a caçar o "Petit Diable". Mas ele era muito forte e acreditava ser o demônio! Assim todos os que entravam nas cavernas com intuito de matá-lo eram devorados e seus ossos limpos e colocados juntos aos outros que já havia Ali.
Nenhum caçador que tentou pegá-lo voltou das Catacombes de ParisL'Empire de la Mort
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