Olhos Azul Metálico
- Katia Kristina
- 27 de set. de 2016
- 10 min de leitura
MH-5 um (Read Only Memory) Efeito colateral
A casa estava escura e deserta. Silêncio absoluto porque toda família foi a uma festa de casamento.
De repente... Uma explosão! Uma luz com brilho intenso escapa por todas as aberturas existentes no porão da casa.
Lá embaixo existe um laboratório equipado com tudo que há de mais novo no mercado.
Tudo isto pertence a Guirrenée de Roubichét o filho mais novo da família Roubichét. É um gênio em Cyber Eletrônico! Não tem namorada, não sai de casa, a não ser para a Universidade. É um rapaz introvertido, ele não é feio, mas não aproveita nem um pouco sua bonita forma física. Tem 1, 85 m de altura, pesa mais ou menos 85 kg corpo perfeito sem precisar “malhação” Infinitos olhos verdes que ele esconde em um par de óculos de grau, cabelos castanhos compridos, preso em um rabo de cavalo muito colado na cabeça com gel. Disfarça a beleza de seu corpo em calças largas de tergal e blusão por cima da camisa e anda de cabeça abaixada e mãos nos bolsos. Gui (como o chamam )Está apaixonado por Aline a bela líder de torcida da turma dele. Uma moça ambiciosa dona de seus encantos (Um avião)! Mas nem sabe que Gui existe. Nem Ela e nem mais ninguém percebe Guirrenée! Não sei como um homem desse porte pode ser tão insignificante. Gui tem ideia fixa pela moça, está sempre em seu laboratório inventando bugigangas que o aproxime sempre mais de Aline. Um dia desses inventou um binóculo que faz a pessoa ficar tão perto que parece até que pode ser tocada. Tudo que Aline faz em sua casa é como se fizesse ali com ele, Gui adora a risada de Aline.
Só mesmo nesses momentos podemos ver seu belo sorriso curvilíneo que deixam a mostra seus belos e brancos dentes e seus olhos fechadinhos que o deixa mais sensual. A parte que ele mais gosta, é quando ela sai do banho no seu roupão de Betty Boop. Ela o retira em frente o espelho deixando escorregar por seus braços abaixados, senta-se nua, retira a toalha dos cabelos deixando-os cair em cascata pelas suas costas e fica ali bastante tempo escovando-os depois levanta para ir para cama “Gui fecha os olhos” Imbecil só abre quando sente que deu tempo da moça chegar na cama. Hoje ela deitou de bruços em frente ao notebook com os pés levantados balançando de lá pra cá como uma menininha. Gui tentou ver quem estava conversando com ela, mas o notebook estava meio de lado dificultando a visão, Mas ele se contenta em ver o sorriso de Aline ao olhar fixo para o note* se imagina ali, diante dela.
Gui inventou uma máquina que projeta imagens holográficas em tamanho natural deu a ela a imagem de Aline e fica horas assim com ela no Lab, Mas a mente apaixonada de Gui não quer somente essa presença fria. Ele festá terminando uma nova invenção que deu o nome de VIRTTEX a invenção usa óculos projetores, luvas de dados e contato virtual, para realidade virtual aumentada, O VIRTTEX é um simulador de 288 pés em forma de doma que é conectado a vários computadores aperfeiçoados de forma que sente o calor e o perfume de uma mulher. “Testou a máquina e ficou bem animado” (animado mesmo!) Neste dia ele também iria a festa com a família. Mas aquela proximidade deliciosa de Aline não saia de sua mente, então, na última hora, ele desistiu.
Disse aos pais que precisava terminar um projeto, não gostaram, mais aceitaram a decisão do filho sabem como ele é arredio.
Nesta noite Gui preparou-se para usar o VIRTTEX Subiu em um patamar arredondado mais ou menos no centro do Lab. Onde havia um banco de acrílico transparente com pé em forma de taça e duas hastes que serviam de encosto e fez os últimos ajustes. Foi até a unidade central conectou todos os cabos, ajustou os cabos e iniciou a contagem regressiva.
Calçou as Luvas colocou os óculos e sentou, ajustou os eletrodos nos tornozelos, baixo ventre, peito, pulsos e têmporas. E esperou Ao terminar a contagem um facho de luz de luz multicor foi direcionado as têmporas de Gui. Não uma luz na forma que conhecemos que o olho humano é sensível. Mas uma radiação eletromagnética entre o infravermelho e o ultravioleta numa amplitude e polarização eletromagnética não homogênea podendo descrever a trajetória de algo compreensível, visível, plausível e palpável. E Aline chegou para ele sensual e nua!
Sentando sobre suas pernas tornando aquele momento tão real que Gui ficou em “Alfa”, o odor, o calor, o toque...
Guirrenné ficou tão excitado que ejaculou provocando uma explosão de luzes e uma espécie de curto em seu cérebro.
Foi tão forte que o atirou contra uma mesa de produtos químicos fazendo-o desmaiar.
Quando seus pais voltaram a casa estava em silêncio e sem energia elétrica. O pai de Gui ligou para a provedora que imediatamente resolveu o problema.
Estava tudo em ordem sem vestígios de arrombamento foi até a porta do Lab. Estava silencioso, ele deduziu então que seu filho dormia.
No dia seguinte, Gui acordou entre o caos sem lembrar-se de nada, mas algo estava muito diferente.
Ele se sentia animado querendo andar pela cidade o que era fora de costume... Foi até o espelho no banheiro que fica no Lab. Olhou-se! E pela primeira vez gostou do que viu! Notou deslumbrado que não precisava mais dos óculos, pegou no armário uma tesoura e picotou os cabelos na frente deixando soltos, desalinhados.
Em suas têmporas haviam manchas azuladas Gui esfregou mais não sumiu. Ele arruma os cabelos de jeito que as escondeu. Subiu as escadas do porão e foi para seu quarto cantarolando. Ao passar pela cozinha sua mãe deixou as panquecas caírem das mãos... Gabrielle sua irmã mais nova disse:
- Que maneiro Gui!
Seu irmão mais velho lhe deu uma tapa na nuca e disse com ar sisudo!
- Que M é essa Guirrenné? Vai por uma roupa.
Gui sorri, dá de ombros e vai correndo para o quarto. Eles ficam comentando.
- O que será que houve com ele hein? Será namorada?
E sorriram contentes.
Achegar no quarto, Gui mexeu nas coisas que havia separado para doar, pegou um jeans surrado justinho de quando era mais novo esticou sobre a cama e passa a mão em forma de garra dizendo com muita naturalidade.
- Poderiam ter uns rasgões assim como se fossem feitos com as unhas.
Ao fazer esse gesto. Seu cérebro enviou a ordem imediata e pequenas garras pontudas surgiram em seus dedos rasgando a calça como ele desejou.
Gui olhou para as mãos com olhos arregalados! As garras sumiram de imediato, mas em suas palmas existem círculos azulados, um em cada palma.
Ele esfrega as mãos, uma na outra, mas os círculos persistem. O rapaz fica impressionado com as marcas em seu corpo e com as garras que surgiram e sumiram. Pensa que pode ser ilusão, por estar trabalhando demais esses dias.
Veste as calças, põe um coturno, tira da gaveta uma camisa preta de malha, arranca as mangas de qualquer maneira, apanha no armário um spray e suja a camisa aleatoriamente com alguns jatos de tinta azul. Balança a camisa na frente de janela para secar e veste. Sem cordão, sem relógio olha-se no espelho do banheiro debruçado sobre a pia chega bem pertinho do espelho levanta uma sobrancelha com um sorrisinho de lado em tom de agrado. De sua Íris surgiu um brilho cintilante ... Gui fecha os olhos... Assustado... Quando abre novamente não vê mais nada e diz.
= Caraca to mesmo Precisando descansar, mas agora vou comer estou faminto.
Balança a cabeça como se isso pudesse retirar os pensamentos e desce.
Ao chegar a cozinha todos gostam do novo visual e do sorriso que ele ostenta! Falam quase em coro:
- Você está bonito!
Ele sorri e vai saindo... Sua mãe o chama:
- Guirrenné! Venha fazer o desjejum!
Ele aceita está faminto. Enche uma panqueca com ricota e mel enrola e abocanha um grande pedaço como sempre faz... Mas cospe sentindo náuseas.
Pega a garrafa de suco de laranjas vira na boca para amenizar e novamente fica nauseado. A mãe de Guirrenné corre ao seu auxílio preocupada:
- O que é isso Guirrenée? O que você sente meu filho?
= Não sei mãe! Está tudo rodando. A comida está me enjoando, mas estou com muita fome...
- Espera! Vou buscar minha bolsa e vamos a um pronto-socorro.
- Não! Não precisa mãezinha! Logo melhoro, você sabe que minha saúde é perfeita!
Ele diz isso e sai cambaleando. Pega a moto do irmão na garagem sobre gritos de desaprovação e vai para faculdade. Cegando a Universidade, tira o capacete, cruza as pernas e os braços recostando na moto e esperado Aline chegar. Como em um zoom avista a moça chegando. Fecha os olhos e quando abre, ela nem apareceu na esquina ainda. Gui passa a mão sobre o abdômen, está com fome mas quer esperar Aline entrar. Olha a direita assim displicentemente e Aline surge! Exatamente como ele viu antes. Com jeans índigo e baby look rosa. Entre as duas amigas “de fé” Gui se sente tonto e pensa
- "Nossa! Djavú"?...
As moças conversam dando risadinhas sexy entre elas e olhando na direção de Gui que vai até elas e diz descontraído:
= Oi Aline!
Sem nem ao menos notar as outras moças que ficam magoadas.
Oi! Eu te conheço?
Pergunta Aline.
= Claro! Sou Guirrenné de Roubichét e sento ao seu lado na aula de química.
Aline leva a mão a boca!
- Nossa! O Nerd?
= Sim ele mesmo “risos”...
- O que houve com você?
- Me apaixonei por você!
-Por... mim...? Como? Porque?
-Por que você é a mulher mais linda que já vi! Quer ir a uma lanchonete comigo?
Estou precisando me alimentar urgente...
- Lanchonete?? Mas, estamos na hora da entrada...
Gui continua em silêncio olhando-a. com as mãos no cinto, agora as calças são justas e não cabem nos bolsos. Gui fica olhando para Aline nos olhos, fixamente e com um leve sorriso... Aline balbucia algo indecifrável e aceita o convite.
Senta no carona da moto segura na cintura de Gui e saem dali rumo a lanchonete deixando as amigas de boca aberta. Elas olham para o outro lado da rua... Avista Allan. O namorado de Aline e o melhor jogador de Basebol da escola soltando faíscas, imóvel sem acreditar no que presenciou. Elas confabulam...
- Vamos entrar que vai esquentar os ânimos.
Gui e Aline vão a Lanchonete Bar do Pierre Um francesinho que gosta de fazer coquetéis. Aline pede uma vitamina mista. Gui pede também mas com energético e um Sanduíche com tudo que tem direito. Quando os alimentos chegam. Aline sorri com o copo de vitamina na mão e o canudinho que parou bem pertinho dos lábios.
Ao ver o enorme sanduíche de Gui. Ele pega o sanduíche tenta dobrar como se fosse colocar todo na boca, quando levanta os olhos, depara com a cena...
Seu olhar fica preso nos lábios de Aline E mais uma vez sua Iris reluz o azul cintilante. Aline olha para trás tentando descobrir de onde os olhos de Gui refletiram. Mas quando volta já não vê mais a luz Gui está mordendo o sanduíche com vontade... Mas... Ele cospe o naco que mordeu, empurrando a cadeira para trás num salto., ficando por uns momentos com a cabeça abaixada. Quando levanta está pálido. Aline levanta para ajudá-lo pedindo que: Ele tome pelo menos o energético para fortalecê-lo. O que faz com que ele enjoe muito mais ainda,
ele paga e sai da lanchonete, rápido, o Garçom o chama achando que ele encontrou algo “nojento” no lanche. Gui acena que está tudo bem e respira fundo trazendo ar aos pulmões. A moça fica com ele e vão caminhar um pouco. Ele está com tanta fome que fica fraco cambaleante, vão até uma praça sentar um pouco, Gui põe a cabeça sobre os braços cruzados apoiados nos joelhos. Aline coloca a mão em sua nuca e fica acarinhando... Quando de repente o rapaz levanta a cabeça olhando-a, seus olhos estão metálicos com aquele brilho que Aline presenciou na lanchonete.
Guirrenné pega o rosto de Aline entre as mãos e traz perto do seu para beijá-la... Mas... Algo estranho acontece...
Suas mãos colam no rosto de Aline como imãs. Ele tenta retirar, mas não consegue então á olha nos olhos e a luz metálica azul encontra os olhos da moça que não consegue desviar... Ela sente seu corpo em chamas como se seu espírito saísse por seus poros, sua pele faz mutações de muito vermelha a roxa, quando muda do roxo para o azulado.
Gui é tomado de pânico e consegue soltá-la. Aline cai desfalecida sobre suas pernas. Ele não sabe o que o que fazer apavora-se... Pega-a nos braços e para na frente do primeiro carro que vê
e pede que o ajude a levá-la a um pronto socorro, chegando lá deixa Aline e foge assustado.
Guirrenné não vai para casa foge e se esconde no parque até que anoiteça. O pobre rapaz fica perambulando pela rua desorientado pensando no horror que ele causou a mulher que ama, com as mãos na cabeça ele fica repetindo:
- Meu Deus! Como isso foi possível que fizesse mal a Aline ? O que foi aquilo?
Gui está distraído com seus pensamentos quando de repente sente o corpo vibrar como se fosse avisado de algum perigo. Para e olha para trás... instintivamente...
Allan e mais três rapazes estão vindo atrás dele, Gui sente algo hostil naquelas presenças, mas continua seu caminho atribulado até que Allan grita:
- Hey metamorfose! Quem é você afinal?
Um dos amigos que estão com Alan diz zombeteiro:
-* Dr. Jekyll e Mr. Hyde? Desfazem e aloprando com a cara do rapaz que já está desesperado... Os rapazes olham-se decepcionado, Gui não ligou a mínima para os insultos e piadinhas deles, aborrecido com isso, Allan avança com uma chave de roda e desfere um golpe na cabeça de Gui ele gira sobre o corpo e segura o golpe no ar torcendo o braço de Allan até ele largar a chave. Os amigos investem tentando ajudar Alan em vão, Gui ainda segurando Allan pelo pulso com a mão esquerda, usa a direita para jogar um depois o outro contra o muro os caras perdem os sentidos pela pancada com a cabeça.
Gui volta a atenção para Allan que está seguro pelo pulso e o pega pela garganta, olha-o nos olhos com aquele já conhecido “brilho azul metálico”. Não aperta! Só segura com as duas mãos encostadas, mas sente a energia correr por baixo de sua pele como leves choques elétricos, Allan continua de olhos abertos e sem dizer uma palavra se quer. A pele dele passa pelo processo de mudança de tonalidade enquanto transmite a Gui toda sua “Bioeletricidade” indo do vermelho ao azulado, toda energia vital de Allan é passada para Gui enquanto sua mão que parecem dois imãs, estão presas na garganta do rapaz que grita de dor até que ele seca, a fisionomia de Alan agora, é a de um homem de 100 anos. Não existe mais energia naquele corpo. Gui volta a si e o solta atônito! Allan desaba fulminado. Ele olha o corpo do rapaz a seus pés sem entender nada.
Os amigos de Allan acabam de se reanimar da surra e chamam a policia.
Gui foge escondendo-se novamente, agora ele é um assassino!
Quando cai a noite, ele sai do esconderijo e vai para o Laboratório no porão. Seus pensamentos e atos estão em desordem total.
= "O que eu fiz meu Deus? O que está acontecendo comigo"?
Debruça sobre o lavabo se olhando no espelho tentando encontrar a mudança e não vê nada....
............

O Sobrenatural está na cabeça de quem presencia.