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A Guitarra de Hades

  • Katia Kristina
  • 16 de set. de 2016
  • 15 min de leitura

Ele se chama Perseu! Mas os amigos o chamam de Persey!

É um cantor de uma banda de rock, muito bom com a guitarra e o baixo! Sem contar a voz privilegiada e rasgada que os cantores de blues possuem. Mas sabe com é... Não tem brilho! Sua estrela ainda está apagada mesmo com tanto talento. Não sei como essas coisas são possíveis! Ele foi convidado para tocar em um inferninho onde as mulheres não se respeitam e os homens estão sempre drogados. Mas como profissional que sempre foi, cumpriu as horas estipuladas. Chegava sentir uma dor no peito ao ver que ninguém estava ai para sua música. Sua guitarra chorou por duas horas contínuas como se nem tivesse soado qualquer tipo de som. Quando acabou de tocar saiu andando a esmo. Ao passar por um prédio abandonado que outrora foi um cinema com palco para apresentação de shows, ele entrou e começou a explorar o recinto. As cadeiras estavam sujas, mas se mantinham intactas. As cortinas parecia que foram usadas a pouco tempo estavam arriadas como quando se fecham após a apresentação de algum espetáculo. Um grande piano fechado a chave. A banqueta estava quebrada e deitada ao lado do piano. Havia muita poeira, mas tinha um ar de ter sido usado a pouco tempo. Todo o local trazia uma melancolia a Persey, mesmo que ele nunca tenha visto o teatro em funcionamento. Só sabia o que a cidade contava, que foi um Anfiteatro de grandes espetáculos. Persey chega diante do grande palco e sobe. Como se estivesse subindo para uma apresentação, com o coração aos saltos e a voz embargada. No centro do palco havia um tripé, com uma pasta toda cifrada com Músicas conhecidas. No canto direito do piano um jukebox com alguns longplays de cantores de Rock and roll. Entre eles um grupo de rock muito famoso! Daqui mesmo de sua cidade, que fizeram muito sucesso a alguns anos atrás, mas quis o destino que morressem todos em um acidente de automóvel. O motorista embriagado bateu contra uma carreta repleta de acido sulfúrico. Matando a todos quase que instantaneamente. Persey passou os dedos sobre os LPs. E sem querer colocou o Jukebox em funcionamento, tocando exatamente o sucesso deste grupo que se intitulava The Rioters. A música era contagiante e de repente Persey estava acompanhando com a sua guitarra a canção “The Survivor” dos ‘The Rioters’ bem no meio da canção seu Encordoamento rebentou fazendo silêncio no recinto. Um silêncio tão absoluto que Persey começou a procurar algo para tocar. Notou no cantinho algo coberto com um lençol negro foi até lá e descobriu uma guitarra negra Ibanez RGR270DX de 7 cordas linda e afinada. Parecia esperar por ele. Persey então tentou pegá-la para tocar, mas uma força estranha e invisível não permitiu. Ele revista tudo para ver onde está presa e pelo que parece a lugar algum, ela simplesmente não sai do pedestal como se tivesse vida e não quisesse estar em seus braços. Outro roqueiro alienado, cheio de entorpecentes teria chutado ou tentado arrebentar com algum objeto pesado. Ficaria com fúria: - Como assim não conseguir pegar uma guitarra que está assim abandonada? gritariam certamente Mas não persey! Ele sabe como amar os instrumentos! Ainda mais essa guitarra linda, perfeita, e rara. Uma guitarra fininha negra que parece ser feita para moldar ao corpo do “tocante”! Persey sentou no chão ao lado do pedestal, colocou a cabeça sobre a guitarra

abraçando-a como um homem faz ao encontrar seu primeiro amor, “aquele amor a primeira vista”. Lagrimas rolaram em sua face enquanto ele "falou com ela"

= Oh linda menina! Quem é você? De quem é você? Quem foi o desnaturado que teve coragem de abandonar tão preciosa perfeição? Quem é seu dono?

Ao fazer esta pergunta, ouviu acordes infinitamente doces e hipnóticos. Persey levantou a cabeça, bem calmo! Olhou para a guitarra, viu que a sétima corda ainda vibrava. Acariciou-a e desculpou-se dizendo:

= Perdoe-me minha menina por tê-la feito chorar! Devo ter esbarrado sem querer. Mas não me arrependo! Nunca ouvi acordes tão doces e perfeitos!

Quando terminou a frase notou que algo aparecendo embaixo do pedestal em uma fresta, parecia a ponta de um papel, ponta de cartão talvez... Ele tenta recuperar puxando com a unha, mas percebe que o papel é grande para passar na fresta. Deduz então se tratar de um fundo “falso” um compartimento usado pelos músicos onde eles guardam a lista e cifra das músicas que irão tocar.

Persey abriu o compartimento duplo apanhou o envelope de papel cartão e dentro, havia um CDS (compact Disc single) que é um pequeno vinil com apenas uma gravação Com o título lado A- Hades – Lado B- Hades. Persey sorriu com a coincidência, e pensou

= "Isso só pode ser uma brincadeira dos rapazes da banda. Perseu e Hades é muita coincidência "?

Olhou em volta! Silêncio! Poeira e teia de aranhas por todo lado. Ele reparou que a capinha do CD é de papel cartão, coisa que já não se usa mais. Passou a mão pelo cabelo... Olhou para os lados achando que existe câmeras em algum lugar e do outro lado, alguém está dando gargalhadas da sua cara de paspalhão. Olhou em todo lugar procurando a iluminação led da câmera... NADA! Então disse em voz alta:

=Está bem! Querem ver minha reação ao ouvir uma canção que fala de Hades? Não é? Já que sou o seu sobrinho e seu arqui-inimigo. Está bem! Aqui vou eu!

Persey foi até o jukebox e pôs o CD para tocar. A música era um “METAL PESADO” O cantor tinha a voz rasgada e rouca, bem parecida com a dele.

A letra dizia: *** Se você está ouvindo esta canção Então vibre, grite, dance Você foi o escolhido Toque esta guitarra com paixão Para o rock o tempo e a vida são miséria o álcool e o haxixe não dizem nada sobre a vida Entre no reino do rock and roll. Dance até que a morte te chame e diga suavemente vem (coro)

Hades te escolheu...eee.... eu Faça como eu ...eee...eu Toque... Toque... Toque com paixão Do outro lado desta vida só nos esperar o rock and roll Sexo, drogas e rock and roll Dança, dança o rock and roll Sexo, drogas e rock and roll Arrebente o coração faça a alma flutuar Tocando na guitar essa cançãoooo

Você vai se arrepiar Vendo o sangue rolar Com a música no ar Hades encontrou você No METAL vai renascer Toque essa canção Explodindo o coração Ohhhhhhhhh yeeeeeeee Yaaaahhhhhhhhhhhhh Hades está no ar. (coro)

***

Persey pôs a canção em looping e instintivamente caminhou para junto da guitarra pegou-a... e...

Pegou-a? Sim! Ela estava solta! Sem conter a alegria beijou a guitarra e tirou os primeiros acordes que fluíram como se ele conhecesse as cifras da canção! Acompanhou a música, uma, duas, muitas vezes. De repente a canção para no jukebox... E Persey ouviu uma voz que lhe pareceu familiar.

;= Gostou Perseu?

Ele respondeu guardando a guitarra:

= Persey! Por favor! Quem é você? O dono desta preciosidade? Como sabe meu nome?

O homem ficou em silêncio por uns minutos... E respondeu: :- Te vi nascer! = Nossa! Conheceu meus pais? :- Sim! - Quem é você? ;- Não me reconheceu das capas dos LPs? = LPs? Não! Onde?

O rapaz foi até uma pilha de vinil que estavam ao lado do jukebox retirou de lá uma capa e trouxe para Persey . Que assim que viu comentou feliz:

= É uma capa dos “The Rioters”! Eu cresci ouvindo canção deles, minha mãe adora. Acho até que me inspirou! (risos)... ;- Onde está seu pai? = Já é morto... Mas minha mãe não me conta sobre ele! Ela fica muito estranha quando falo nele.

De repente Persey parou de falar olhando estupefato para o rapaz e para a capa do vinil que ele na euforia ainda não havia reparado;

=Não pode ser! Cara!! É idêntico a você! ;- Quem Perseu? = Jon Twister o cantor dos “The Rioters”. Não tem como! Você é filho dele? ;- Não! Sou o próprio!

Jon o Guitarrista da “The Rioters” mantinha os longos cabelos alinhados, a pele muito vistosa, mas tinha olhos tristes. Persey sentou na beiradinha do palco, olhando para o rapaz... e comentou:

= Como assim Brow? Essa capa deve ter uns 25 anos... ;- 27 para ser exato! Respondeu Jon. = Como pode? Você está do mesmo jeito! Isto é impossível! ;- Não é impossível porque estou aqui na sua frente. Quer minha “Vinna” pra você? = Como? Não Jon! Que isso Brow! Eu tenho uma guitar que amo muito!

;- Você não gostou da minha Vinna? = Claro que gostei Jon! Onde já se viu não gostar de uma “Ibanez negra RGR270DX de 7 cordas”? Só se eu fosse louco. Adorei! Mas é a SUA guitarra! E também não adiantaria muito, sou mais um daqueles cantores de fundo de garagem que nunca saem do "fundo". ;- Se você tocar “Vinna” será o maior cantor de rock da atualidade Perseu! Um sucesso! = AH Jon! Obrigado amigo! Mas eu não brilho!” ;- Não diga isso. Vocês dois juntos farão coisas inacreditáveis. Mas precisa querer. Persey ficou em silêncio, pensando no que fazer... Jon com receio que ele não aceitasse falou animando-o. ;- Façamos assim então: você pode provar seu valor fazendo um show de rock, sem ser previamente anunciado. = E como eu faria isso cara? ;- Você arruma esse Anfiteatro em sigilo, no dia da estréia você vai tocar. Você começa tocando sozinho, depois a banda entrará para tocar com você trazendo a platéia de um a um e será uma multidão. E todas as vezes que você tocar “Vinna” terá uma multidão para te ouvir. = Você está zombando de um fracassado? Isso é sacanagem! ;- Não Perseu! Estou falando sério e te dando a chance de escolher. Só tem uma coisa a te advertir.

Persey prestou atenção, mesmo estando um tanto desconfiado ainda, de que é uma puta brincadeira, os caras da banda são os próprios memes em pessoa.

;- Nunca! Mas nunca mesmo, você pode deixar “Vinna“ te dominar! Você precisa ser o seu senhor!

Persey ainda olha desconfiado, principalmente depois dessa frase (deixar “Vinna“ te dominar) Um instrumento é um amigo nunca um senhor ou patrão, mas se cala sobre isso e pergunta solícito.

= Tem certeza? Vai mesmo me dar sua guitarra? Não se desfaz de um amigo. Tem que ter um motivo muito forte. ;- Sim! Esperei muito tempo para isso estou muito cansado! = Então está bem! Pela sua rapidez em querer se ver livre dela, logo voce daria a outro mesmo...

Nesse momento Persey ouviu o acorde da sétima nota. Virou-se para ver quem tocou em “Vinna” Não havia ninguém... Quando ele volta a cabeça Jon não estava mais ali ao seu lado sentado no palco. Persey ficou bastante perturbado achando que estava ficando maluco de tanto querer ser um famoso cantor de rock. Achou então que imaginou aquilo tudo. Para ter certeza que foi real ele foi até o palco pegar A guitarra que continuava lá “colada” no mesmo lugar. Ele pensou decepcionado

=" Eu hem! Vou pra casa"!

Persey foi até a cadeira onde estavam seus pertences e sua guitarra apanha-los e... Havia um pedaço de papel dobrado que não era dele. Persey pegou olhando para os lados se havia mais alguém no recinto, não havia, ele estava só então leu a nota que tinha, - Numero de uma conta bancária - Agência - Password. Persey olhou para os lados novamente, fez um giro de 369° não havia ninguém nem um simples som. Ele revisou o papel era novinho acabado de ser escrito. Guardou no bolso foi para casa. Como se tivesse tomado alguns barbitúricos Persey dormiu aquela noite toda, coisa que ele já não fazia a tempos. Logo pela manhã pegou o papelzinho manejou de um lado para o outro e pensou... Pensou; Foi ao banco testar, não perderia nada... Mesmo se fosse um trote... Só seria motivo de “galhofas” dos loucos dessa cidade. (...) Para seu espanto! Havia uma enorme quantia na conta. Persey deu algumas voltas pela cidade, colocando em ordem seus pensamentos, sentia-se um louco, passou no Anfiteatro tudo estava como deixou; então voltou ao banco, sacou alguns dólares que serviu para arrumar o Anfiteatro e deixar apresentável. Foi mais uma vez e sacou para arrumar o palco, do jeito que ele idealizou. E da ultima vez para mudar o visual da banda pagar alguém para afinar os instrumentos, principalmente o grande piano que está no Anfiteatro. Tudo pronto! O palco foi todo revestido de feltro e forrado de tapetes vermelho, as cortinas também vermelhas, canhões de luz negra, o piano em perfeito estado juntamente com a banqueta. O aquário para a batera com luzes fosforescentes, um letreiro em flashes de laser que só seria visto ao abrir as cortinas, o pedestal de “Vinna” No centro do palco, testou todos os microfones pedais e caixas. A nave do anfiteatro estava livre, sem poltronas. Persey deu uma última olhada... E foi para o camarim se arrumar para apresentação. Persey se olhou um pouco naquele imenso espelho, fez uma maquiagem branca em todo rosto onde desenhou uma lágrima, pintou os lábios de preto. Vestiu-se de couro e luvas meio dedo, vermelhas. Para que a beleza de “Vinna” se destacasse! 22.00 horas! Persey estava pronto! Deu uma olhada para sua amiga guitarra sobre uma bancada e foi para o palco. Deixou a mente livre de qualquer pensamento pessimista. Caminhou para o centro do palco bem devagarzinho, pegou “Vinna” que soltou do pedestal como se nunca estivesse “colada” nele . Abraçou a guitarra e disse com muito

carinho alisando-a junto ao peito.:

= Isso minha menina! Assim que eu gosto!

E tirou os primeiros acordes com facilidade:

“As guitarras de 7 cordas foram projetadas para dar mais range, ou seja, mais "alcance" aos guitarristas. Nos 80's Jon o guitarrista da “The Rioters” possuía uma, semi-acústica que ele mandou modificar; Jon pediu que colocassem um braço maior.

Adicionou uma corda grave afinada em A, para ter alcance de piano

(porque Jon era pianista alem de guitarrista e queria ter uma (lance híbrido) que ele chamava de: “Minha Vinna Lap Piano",

Algo como piano portátil...

Persey toca ‘Hades’ por instinto, quando escutou o som da batera, olhou para trás suspendendo uma sobrancelha e lá estavam os rapazes da banda. Juntamente com Perséfone a "girl bass player"! Ao olhar para ela seu sangue gelou.

= Estamos todos ligados? Perseu, Hades, Perséfone... Meu Deus!

Persey pensou em desistir, não podia deixar sua ambição ser maior que seu instinto de perigo. Mas seu coração gritou mais alto!

= (Não é ambição Perseu! É amor! Amor a música)!

Persey não querendo ouvir o seu coração! Apertou “Vinna” nos braços para despedir-se dela... Quando as cortinas se abriram! Acendendo sobre sua cabeça o letreiro

"THE ABADDON ABSOLUTE "

Persey pensou na mesma hora...

= "Cuidado com o que deseja"

A nave do Anfiteatro estava repleta, todos esperando a contagem regressiva.

Persey não pensa em mais nada. Faz a marcação com o pé e rasga a nave com seu som "ROCK METAL" A galera vibra! Enquanto Persey estava cantando sentiu a presença de alguém.... Olhou de soslaio... Viu adentrar ao palco um homem vestindo um elegante casaco marrom com os cabelos negros jogados sobre os ombros alinhadamente. Sentou ao piano! Com a cabeça baixa, olhos concentrados nas teclas, Respirou fundo e tocou nas teclas com todos os dedos... Provocando uma onda de luz que hipnotizava. E acompanhou a banda tocando com maestria absoluta. Persey tocou como nunca.

Aquela guitarra tinha um poder imenso sobre ele como se puxasse a sua alma.

O anfiteatro estava totalmente tomado! Tudo era maravilhoso! O público gritava, aplaudia, estavam adorando as notas que ele tirava daquela guitarra maravilhosa que parecia conhecer seus desejos. Persey sentiu seu espírito percorrendo o recinto tão grande foi a sua felicidade.... Tocava de olhos fechados e a cabeça baixa, quando levantou a cabeça e abriu os olhos... se assustou largando "vinna" na correia... ao ver luzes brancas despedaçadas... Que vinham do público, rodavam em volta do pianista que continua a tocar sem trégua! Os expectadores vibram com “Os efeitos Mas quem arrumou o teatro foi Persey! E não colocou efeito algum a não ser os neons do letreiro, ele viu então, que algo saiu do seu controle. E resolveu acabar o show. Anunciou no microfone, mas ninguém ouviu, continuaram pulando e cantando.

Ele resolveu não tocar mais a “Vinna”! Mas... Pobre rapaz! Era muito tarde!

Ele se deixou dominar quando tirou a atenção do show e só ouvia emocionado a sua guitarra. “Vinna” não permitiu que o show terminasse!

Persey continuou tocando não conseguia parar como se ele estivesse ligado a um plug. De seus acordes, enviava raios de luz dourados na direção do público que vibrava gritando em histeria e êxtase total. Cada um dos ouvintes que eram acertado com os raios de “vinna”, enviavam a luz branca em direção ao pianista e essas luzes sumiam como se ele as engolisse.O pessoal da banda levantou e foi embora, nem esperaram para comemorar.O show permaneceu no auge por mais 2.00 horas. Até que o pianista apoiou as mãos sobre as teclas encerrando a música.

O público foi saindo um a um... Quando o salão ficou mais vazio deu para ver que muitas pessoas jaz no chão. Persey logo pensou que foram pisoteados, porque estava muito estéricos, ele foi até as pessoas no chão tocando em cada uma delas assustado porém, aquelas pessoas, não apresentavam vestígios de terem sido pisoteadas.

Estavam com a boca e os olhos escancarados como se tivessem sido asfixiados.

O Pianista trancou o piano e estava saindo do teatro Persey o chamou:

= Hey cara! Espera aí! O que aconteceu aqui? Voce não se importa?

O Pianista arrumou os cabelos colocando-os atrás das orelhas com ar soberbo, virou a cabeça com desdém e respondeu:

*= Como assim o que houve? – Um show de Rock’n roll! E você me proporcionou muitas almas.

= Eu... Fi...Fiz o quê? Explique!

*= Não preciso explicar muito. – Jon Twister, passou para você a tarefa dele de me fornecer Almas. Foi o que ficou mais tempo comigo, 27 anos! Agora ele foi descansar em paz! Hoje foi excepcional, você foi perfeito! Colocou uma dose gigante de amor. Sinto-me saciado.

= Não estou entendendo... O que isso quer dizer?.

*= Quer dizer: que você é meu novo lacaio e vai me fornecer almas sempre que fizer shows.

= Te fornecer almas?? Ah! Mas eu não vou mesmo!

*= Você não tem querer Perseu! Ficou a minha disposição quando aceitou “Vinna” e tudo que ela te proporciona. Agora ela é parte de você até que você consiga dá-la a outro que ame a música tanto quanto você ama! O escolhido por voce Precisará

desejá-la como você desejou.

= Voce me diz que eu devo Dá-la ao outro. Mas se eu passar... Para outro. Passarei toda destruição que ela causa também?

*= Sim! Mas não se entristeça! As almas que eu levei não são de pessoas inocentes. Você notou que algumas almas me rodeavam, mas não entravam em mim?

= Acho que sim! Sim! Vi algo parecido com isso que voce diz.

*= Então Perseu! Somente a nossa “Vinna” sabe quem são os merecedores do “inferno” Por isso preciso de um músico apaixonado.

= Você é o Demônio?

*= hummmm !! Pode-se dizer que sim. “Vina” É um Oráculo dos mortos. Seu nome é: “Necromanteion” de certa forma um santuário de Perséfone.Sou o Deus Hades irmão de Zeus. Sou o soberano do mundo subterrâneo, destino final da sombra dos mortos; meu nome significa "o invisível". Sou também conhecido por Plutão que significa "rico", pois sou proprietário de todas as riquezas que existem sob a terra.

= Minha amiga Perséfone é a sua mulher?

*= Não! Nenhuma mortal se compara a minha Perséfone. Embora ela seja mortal por seis meses e deusa por mais seis, não há comparações. Zeus com seu amor indestrutível pela latrina do mundo que chamam humanidade, colocou você e ela para me confundir A humanidade pensa que está no controle da situação quando o assunto é a sua mente.E para mim.  Tudo representa algo e esse algo é a coisa mais insossa, inodora jamais inventada. " A Riqueza"! que vocês chamam de mundo. Esse mundo que me supre de almas obsoletas e ambiciosas. Alma que absorvo em queda de avião, acidente de carro, ataque cardíaco, maldição dos anos Karetas, “entorpecentes”. Enfim. Esse vai ser mais um dia dedicado à Hades celebrando os estilhaços do rock’n roll. Aliás, não só nesse dia, sempre! É como se uma bomba de babaquice tivesse explodido sobre o mundo e os estilhaços dessa bomba tivessem danificado a parte de vossos cérebros onde a liberdade e as almas se refugiavam, e agora são liberadas para mim.Com um pouco mais de atenção vão notar que a mente é uma parafernália de mortos-contínuo, independentes, e quando você entra num desses movimentos... Bem, essa banalidade orquestrada por detalhes extravagantes... Não é NADA! Somente um punhado de almas que vagam por mim... O ser humano é um grande animal holográfico projetado pelo dinheiro. Animal que regurgita robôs sanguíneos, que expele o desejo como se vomitasse algum alimento mal digerido. Nada tem sabor, nenhuma sensação:Vocês usam o rock’n roll como se vivessem subindo o mais alto possível a bordo de um avião conduzido por um piloto alucinado, que decidisse subir sem parar para além do limite suportável pela máquina. E quando estão velhos e maltrapilhos, mendigos de sensações, com restos de alucinação espalhados como migalhas na mente, fedendo a urina, cachaça e pizza, descem do avião. Que agora está com a turbina quebrada. A luz dos holofotes parece dar vida a uma pasta cinzentaHades senhor dos mortos, e do mundo inferior, filho de Cronos com Réia, irmão do grande Zeus.

É como se o sonho rompesse tudo e vocês descobrissem, para logo depois esquecerem: que as coisas têm coração.Passar a bola ou jogar levando-a pelo campo até o final do segundo tempo. Agora preciso ir! Me desculpa sua situação! Mas você teve escolha. E aceitou. Precisa arcar com as conseqüências.

Antes de passar pelo portal da entrada do Anfiteatro, Hades desaparece. Deixando Persey ali com sua sorte, “Vinna” e os mortos. Persey chama a polícia que dá as mortes como: Surto de histeria coletiva, também conhecida como doença psicogênica de massa. Persey deu a sua banda o nome de “Sanctuary” E vaga pelo mundo recolhendo almas para Hades. Essas almas colhidas por Hades são levadas a presença de: Três juízes para devido julgamento. São eles: - Radamanto - que julga as almas. - Éaco - que julga os mortos - E Minos - que normalmente têm o voto decisivo. - Hades não ousa interferir em suas decisões, exceto em raríssimas ocasiões, os juízes não são deuses, são mortais. Mortos que tem um grande senso de justiça, eles decidem se os condenados vão para os campos Elíseos ou para o Tártaro (Aqueles que vão para o Tártaro tem uma punição específica).

O Sobrenatural está na cabeça de quem presencia.


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