Os Necrons
- Katia Kristina
- 29 de set. de 2016
- 10 min de leitura
Depois que a gárgula destruiu os tecidos do pescoço e colo de Sairá profundamente tirando sua vida Só restava ao Príncipe Náfilus sepultá-la
Ele arrumou seus cobertores e casacos como uma cama e a deitou delicadamente,
ajeitou o corpo com o devido ritual, ao arrumar os cabelos da moça que eram lindos sedosos e macios ele se demorou no toque, foi quando sentiu que não havia mais o enorme buraco em seu ombro feito pela gárgula, pegou a mão de Sairá e sente um tênue calor que vinha da pele da moça, Náfilus estava ajoelhado ao lado dela, sentou meio de lado, a suspendeu, colocando sobre os joelhos e abraçou seu corpo para aquecer, ficando assim por toda a noite rezando a Deusa para que sairá vivesse, adormeceu abraçado ao corpo da sacerdotisa. Quando os primeiros raios da manhã invadiram a caverna ele ouviu uma voz suave e conhecida a acordá-lo:
- Meu filho querido! Acorde! Levante querido! Seu pai precisa de você. Seu irmão aderiu o lado negro da magia de Circe. Você precisa ir.
Retirou do pescoço uma correntinha de ouro com uma pedra vermelha e pôs na palma da mão de Náfilus e desapareceu evanescendo no ar... Náfilus acordou....
Ainda estava sentado no mesmo lugar com Sairá nos braços, mas... Ela está de frente para ele e com o braço em torno dele... Náfilus grita:
- Sairá!!!!
Assustando a moça que de um salto levantou perguntando e se arrumando .
- O que houve senhor?
Náfilus se levantou também, abraçou Sairá apertado e agradecendo a Deusa!
- Obrigado poderosa Freya! Ela está viva!
- O que aconteceu senhor... aarffff o que é isso?
Sairá pergunta ainda atordoada... Ele conta tudo eufórico! Ao notar que Sairá não se alegrou com a história, para de falar e pergunta
- O que foi Sairá? É para estar feliz não assim com esse rostinho triste!
A sacerdotisa respondeu triste...
-Eu vim com você para ajudá-lo na sua missão... Olha só o que aconteceu, está arruinada por culpa minha
- Tudo bem Sairá !Não preciso provar meu amor ao meu pai, a Deusa Freya me mostrou isso! Só preciso demonstrar com atos e atitudes. Sem contar o maravilhoso presente que ganhei.
- Presente Senhor?
Sim Sairá! Eu sonhei com minha mãe, foi tão real que eu a toquei! Minha mãe sentiu meu sofrer que veio no meu sonho me dar um presente para meu rei. Oh! Meu Deus! Ele não vai ver o presente, mas eu sei! E isso me basta.
Dizendo isto ele se prepara bem rápido para irem embora quando juntou os cobertores e casacos, tocou em alguma coisa que estava na “cama” pegou, olhou era uma correntinha com uma pedra vermelha em forma de gota ele sacudiu a cabeça sorrindo e disse .
- Aqui está sua correntinha Sairá, por isso sonhei com minha mãe devo ter dormido segurando-a.
- Não me pertence Senhor! Nunca vi.
Náfilus levantou de um salto! Juntou tudo rápido e foi puxando Sairá.
-Precisamos ir!
- O que houve?
- Minha mãe esteve aqui Sairá! Ela me deu essa correntinha para dar de presente ao rei, pensei ter sido um sonho.
- Oh Senhor! Então acalme-se isso é maravilhoso! Nenhum presente será mais perfeito.
_ Não doce menina! Ela também me disse que meu Rei corre perigo porque Heiden passou para o lado negro da magia de Circe.
-O QUE??? Vamos então Senhor! Sem demora.
Os dois desceram a montanha em silêncio, Náfilus carregou Sairá nos braços sempre que notava seu cansaço. Chegando a base de Mürdein ele a deixou protegida enquanto procurava a montaria que deixou solta, existe ali perto um vale de cavalos selvagens e com certeza as suas montarias estariam salvas. Náfilus laçou um cavalo selvagem que mesmo com suas empinadas e pinotes levou-o até o vale onde ele pegou as montarias e voltaram para casa.
Circe muito esperta! Ao ver em sua fonte que os dois sobreviveram chamou Heiden e induziu que ele entregassem o presente em um jantar perante todos e que marcasse logo pois Náfilus e Sairá estavam chegando. Heiden convocou o povo para ver seu rei receber os presentes, já estavam esperando por isso e foram todos. Na hora do jantar a mesa estava rodeada saudaram a entrada do rei com euforia, Dolfar adentrou a sala de jantar orgulhoso já anunciando o que o povo ainda não sabia:
- Encham suas canecas com Hidromel! Tenho uma surpresa para todos! Hoje anunciarei quem será meu sucessor. Será aquele que me mostrar no presente que trouxer que é sábio e generoso! Esse será o novo Rei de Kuerten.
Aplaudiram e esperaram a entrada dos filhos do rei com as canecas cheias de Hidromel, para o brinde. O primeiro a entrar Foi Heiden! Entrou envolto em seu manto negro encapuzado... Silêncio total! Seu pai se levantou assustado! O seu belo filho tão vaidoso está parecendo um maltrapilho... envolto nesses trapos. e pergunta:
- Heiden meu ilho! É você mesmo?
- Sim meu rei!
- Onde está seu irmão?
- Está chegando meu rei
Toda sala continuou em silêncio, algo muito grave estaria acontecendo?
Nisso, a porta se abriu de supetão... Náfilus entrou com os olhos assustado quase sem folego puxando Sairá pela mão e perguntou:
Você está bem meu rei?
Sim! Mas não sei o que está se sucedendo aqui! Estávamos te esperando porque essa correria?
Náfilus olha em volta, parece estar tudo bem todos estão com suas canecas cheias, respira aliviado. e se desculpa;
- Desculpa-me meu rei! Eu me atrasei! Desculpem-me todos! Esta é Sairá a sacerdotisa de Freya! Onde está meu irmão?
- Estou aqui Náfilus!
- Heiden! Por que está vestido assim?
- Escolhas que fazemos na vida meu irmão!
Os convidados começaram a inquietar-se e pedir os presentes, a caneca cheia os deixava loucos de sede. O Rei vendo o constrangimento dos irmãos levantou-se e falou:
- Pois bem! Antes de receber os presentes vou contar um segredo: Hoje vou escolher um de vocês para ser meu sucessor ao trono.
Náfilus espanta-se e vai falar, mas o rei pede a palavra porque nota que Heiden nem se manifestou como se já soubesse. O Rei continua
- Continuando! O trono deveria ser dado ao mais velho por direito, mas como sou um monarca que gosta de mudar as coisas, vou deixar meu coração decidir! O presente dos meus filhos amados que me mostrar o quão é valioso, colocará no trono o novo Rei. Então meus filhos não deixem o povo esperando. Dê-me seus presentes com todo sentimento que entenderei quem será o rei de Kuerten.
- Você primeiro Náfilus!
Diz Heiden. Náfilus emocionado tira da algibeira o pequeno saquinho de peles de animais que serviu para carregar o pozinho da vida e entrega ao rei beijando-o na testa. Dolfar abre o saquinho com movimentos rápidos sentiu um brilho no olhar de Náfilus. Retira de dentro a correntinha... Olha para ela... Esfrega os olhos olha novamente... Procura o olhar de seu filho que confirma com um gesto com a cabeça.
O Rei chora em silêncio segurando a correntinha junto ao peito. Heiden se aproxima com a mesma soberba de sempre. Põe sobre a mesa em frente ao rei um embrulho feito com pele de animal bem maior que o de Náfilus e se afasta. O rei abre o pacote devagar pensando:
- "Seja o que for que estiver neste pacote não vai ser maior que o colar que recebi de Náfilus, ainda preciso conversar com ele sobre onde encontrou o colar de Rowe...
Por Odin!!
O Rei chega para trás assustado... Um coração vivo numa redoma? Como é possível ele pergunta bravo:
O que é isso Heiden? Uma brincadeira?
... ÓHHHH
Todos exclamaram ao mesmo tempo com asco.
- Não meu Rei!! Não é brincadeira. Olhe aqui! Pode colocar a mão e constatar a inercia do meu peito vazio.
Dizendo isso abriu a túnica mostrando o peito com a cicatriz ainda fresca cauterizada por Sodômo.
- Este é meu coração! Para provar o tamanho do meu amor! E é seu para sempre.
O rei que e um homem sábio, não acreditou nesse amor, quando ia pedir a Heiden que retirasse o manto, os convidados que foram engrupidos por Heiden gritaram em coro:
- Queremos Heiden... Queremos Heiden... Queremos Heiden...
Um súdito mais velho acostumado a ver de tudo diz:
- isso sim e amor!
Dolfar se manteve calado, como poderia ir contra o povo com um presente destes!
“O próprio coração do seu filho”?
Náfilus que estava do lado abraçou o pai timidamente e disse:
- Esse não era o presente que o rei sonhou Não é gente! Mas foi um presente inusitado por isso ele perdeu a voz não é paizão?
O Rei sabia que Náfilus só estava tirando-o do embaraço, olhou para ele com carinho e por um momento deu para ver nitidamente uma coroa de nobreza sobre sua cabeça. O rei pediu um tempo para pensar... Heidem se preparou para se manifestar, soberbo como é estava pronto impor seu presente. Mas o povo livrou-o por sorte.
- Meu rei, Senhor soberano de Küerten! Não existe presente maior do que o coração do próprio filho! O que ainda tem para pensar?
E começou aquele burburinho de quando todos os políticos falam ao mesmo tempo. Heiden muito dissimulado falou de cabeça baixa queria parecer nobre;:
- Calem-se Senhores! Deixem meu pai decidir! Ele disse que seu coração escolheria se não achar o meu feito importante quanto vocês, temos que entendê-lo.
Dolfar sentiu uma dor imensa e um grande pesar. Ele sabia que o filho havia usado de magia negra e não tinha tanta certeza desse amor imenso. O seu coração preferiu pensar que ele foi enganado por algum feiticeiro sem escrúpulos a pensar que seu filho foi a cata de tal feitiço por motivos óbvios. Náfilus nada dizia, estava apreensivo pelo aviso de Rowena . E ver, seu irmão vivo* sem coração e vestido dessa maneira... Era certeza do que sua mãe lhe disse. Dolfar levantou em seus ombros parecia haver um gigante de pedra sentado. Mas Rei como é e sabedor de que deveria atender a maioria do seu povo! Empolou o peito, pegou a espada e proclamou:
- Povo amado de Küerten o Reino da montanha Sagrada!
Eu! Dolfar de Ardennes III dono de minha faculdade mental confirmo:
O Príncipe Heiden de Ardennes será coroado Rei de Küerten em sete dias.
Tendo total responsabilidade pela presente sucessão estejam, presente a coroação.
Heiden vibrou! Todos gritavam em alvoroço Heiden...Heiden... Ele colocou a mão sobre o peito, fez reverencia ao rei e saiu..
Estava eufórico parecia querer contar a alguém. Antes que ele saísse na porta, Sairá correu e puxou o capuz de Heiden mostrando a todos seu rosto desfigurado... A pele pálida azulada como a de um cadáver, os lábios sem cor e os olhos sem vida. O Rei caiu para trás na cadeira... Sentiu uma grande vertigem por ver seu filho tão bonito e vaidoso desfigurado assim. Náfilus correu até Heiden e o cobriu novamente, ele estava paralisado! Não sabia o que fazer nem dizer perante a surpresa de todos. Náfilus pôs a mão nos ombros dele e o levou dali em silêncio. O povo Foi saindo um a um sem o que dizer... Sairá ficou e contou ao rei sobre Circe, sobre a gárgula que a atacou e sobre o sacrifício de Náfilus ao preferir salvá-la a salvar o presente que demonstrava seu amor.
- E quanto ao colar? ele me deu o presente .
Perguntou Dolfar torcendo para que a resposta fosse o que ele queria ouvir.
- Eu ainda estava desacordada quando a mãe do Príncipe Náfilus veio a ele em um sonho
avisar que vossa majestade estava em perigo porque Heiden havia aceitado o lado negro da magia de Circe. O Príncipe estava pensando que foi um sonho até encontrar o colar ao nosso lado. Só então ele percebeu que sua mãe havia mesmo estado com ele e lhe deu o tão sonhado presente. Mas estava triste por ter perdido seu outro filho.
O rei se despediu cabisbaixo e retirou-se para seus aposentos. E naquela noite sonhou com Rowene... E todas as noites ela vinha em sonho ajudar Dolfar… a seguir seu destino. No sétimo dia apos os presentes Dolfar coroou Heidein como Rei de Kuerten. Mas Heiden não reina. Não se importa com o Reino que foi sempre tão bem cuidado por seu pai, Heiden só queria mesmo o poder! Ser um Rei! Ser obedecido por todos!
Fazer guerra entre os povos. Heiden foi até Circe tomou o lugar de seu comandante no exercito de espectros como havia prometido “e adorou” deu ao exército o nome de “Necrons”.

Heiden possuía um espírito negro e aventureiro a guerra e as atrocidades o agradavam se aborrecia com a calmaria que havia em seu reino antes que ele assumisse o trono. Com o seu exército de espectros destruiu reinos, tomou cidades, arrasou vilarejos, fez inimizades onde passou trazendo a guerra a Kuerten que antes foi um reino pacífico. Os soldados do exército de Heiden são mais criaturas que homens... Foram deformados pela ambição, por seus desejos de poder e de magia, queriam ser feiticeiros poderosos e ricos, só ganharam carne podre e alma negra. Pobres criaturas! Agora pútridas e ambiciosas ainda acreditavam que Circe lhes daria vida eterna e fortuna. Claro! Não morrerão porque já são mortos! O que eles ainda não sabem: é que a bela e exuberante Circe, a feiticeira que eles atendiam a todos os caprichos era na verdade também um espectro. E que supria seu corpo enfermo com a essência vital de todos que a procurava em busca de ajuda. Kuerten estava em guerra com Faúllen um reino vizinho, Heiden começou esta guerra por querer impostos cobrados na ponte sobre o rio que
divide os reinos. O Rei Rhandor não abria mão da divisa, a guerra rolava a meses e Faúllen estava perdendo terreno por que a maioria dos soldados de Rhandor não sabiam que precisavam separar a cabeça dos Necrons do corpo para que eles não voltassem, uma Gerra sem fim . Com isso Heiden colhia mais almas para Circe e Sodômo. Heiden se diz um REI! Fazia todos se ajoelharem perante a ele inclusive sua família, mas é somente um súdito de Circe e Sodômo. Heiden não estava gostando disso e passou a tomar as almas para si, se transformando a cada dia que passava em um demônio terrível
Circe estava perdendo campo para ele, porque tudo que ela fez foi por amor próprio. O que Heiden fazia por prazer por ambição de poder. Heiden para se igualar a Sodômo precisava ir a NIFLHEIM e voltar. E ele aceitou o desafio dos deuses do mundo inferior. NIFLHEIM é o reino do gelo e do frio. Está localizada ao norte de Bohomorra vigiada por demônios em companhia dos que não morrem em batalhas. NIFLHEIM é governada pela rainha do inferno, filha de Moonloky com um gigante, sendo que a mesma foi pessoalmente apontada por Odin para esta posição. Metade do corpo de Hellia é normal, enquanto que a outra metade se encontra apodrecida. NIFLHEIM é dividida em diversos níveis. Um destes níveis foi projetado para os heróis e deuses, onde Hellia preside as festividades entre eles. Outro nível é reservado para as pessoas idosas, os doentes e aqueles que foram incapazes de morrer gloriosamente no meio da batalha e entrar no Valhala. O nível mais baixo de NIFLHEIM se assemelha a versão cristã do inferno, onde os maus são forçados a viver para sempre porque o portão é guardado por um ser indestrutível chamado Subah o demônio da podridão.
