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Vanilla & Kaleb

  • Katia Kristina
  • 17 de set. de 2016
  • 18 min de leitura

Nesse conto, vou falar sobre dois irmãos que se amam muito! Estarei usando como fundo uma arte de corpo e mente chamada: “Le Parkour”

Parkour è uma arte em que seus praticantes requerem absoluta concentração e consciência dos obstáculos escolhidos como: avaliação de distância, avaliação de capacidade e avaliação de risco. O conjunto mental é combinado ao controle e poder do corpo e do espírito.

O Parkour é acessível a todos, possibilitando o autoconhecimento do corpo humano e da mente como o desenvolvimento da força, resistência, coordenação motora, ao mesmo tempo em que desenvolve a concentração, força de vontade, determinação e coragem. No Parkour você aprende técnicas desde como subir um muro, até como pular de um lugar alto como de um prédio para o outro, porém!

O Parkour NÃO É UM ESPORTE DE PULAR PRÉDIOS.

Um "traceur" pode ser um homem correndo de alguém ou algo que nenhum obstáculo poderá pará-lo, mas, ele não é só isso, além de passar os obstáculos, o "traceur" deve executar os movimentos da forma mais natural possível usando o obstáculo como se fosse parte do seu corpo. Vale a pena ressaltar que o "traceur" treina o Parkour para si mesmo, ele não faz movimentos para impressionar outras pessoas, até por que, isso pode resultar em sérias quedas.

Assim é Vanilla! O baterista a quem me refiro neste conto.

Vanilla é uma pessoa maleável, fácil de lidar e o que tem de mais apreciável. Ama seu irmão Kaleb Um adepto do “Le Parkour”. Que por sua vez ama a vida e a música

(como se eu não estivesse falando da mesma coisa. vida e música coexistem)

E seu irmão Vanilla é seu ídolo.

Vanilla é Baterista da Banda de rock “The Highly Touted” O show de hoje é muito importante! A Banda vai se preparar para uma tournée e os fãs sentirão sua falta.

Vanilla está se vestindo para tocar, Arruma sua longa e farta cabeleira dourada como os raios do sol, e faz uma pintura negra nos olhos, o que realça a cor azul-violeta de sua íris. Ele é magro, corpo perfeito e firme , devido as suas longas caminhadas pela manhã e pelos seus saltos no Parkour!

Tem 1,87 m de altura, o que o deixa magnífico nas suas calças índigo blues surradas, camiseta preta que ele arrancou as mangas com as mãos danificando o tecido.

Antes de ir para o palco, liga sua guitarra e tira maravilhosos acordes jogando seus “bends” no ar. A guitarra é uma paixão e fazer isto antes dos shows o deixa excitadíssimo com a música e relaxado mentalmente.

O som está em alto volume pela sua caixa amplificada para guitarras uma (130 w Mackintec Destroyer), mesmo assim Vanilla ouviu sons externos como tiros! Muitos tiros. Ele desliga a guitarra para averiguar, ainda sentindo a vibração em seus ouvidos do potente som de sua caixa amplificada, estava acima de 150 dB com uma resposta de 9000 Hz. Que apesar de já estar desligado ainda faz o vibrar os tímpanos.

Vanilla corre pela casa procurando de onde vieram os tiros. Chamando por seu irmão:

- Kaleb! Kaleb! Onde está você “mano vei” VOCE ESTÁ AONDE?

Vai ao quarto de Kaleb... Nada... Ao quarto de hóspedes, olha pelas janelas... Seu coração está como preso num medo sem fim, seu irmão estava se arrumando para sair.

- Onde ele está meu Deus? Kaleb! Responde ai “vei”!

De repente Vanila se lembra-se de uma conversa que tiveram enquanto comiam pizza assistindo o vale-tudo na TV... Fica apreensivo pensando:

– "E se for... Mas... foram tiros... Não"! Não chegariam a tanto! Ou chegariam? Ai meu Deus! Kaleb responde ai!

Kaleb havia contado a Vanilla enquanto lanchavam, que, na noite anterior entrou em uma briga para defender seu amigo Ryan que estava em um bar- lanchonete com a namorada quando entraram no bar, alguns motoqueiros e se engraçaram por Tânia namorada de Ryan, que para defendê-la esmurrou a cara do abusado que era o chefe dos motoqueiros! Os outros quatro seguraram Ryan por trás e surraram o rapaz enquanto o Boss segurava Tânia por uma gravata e bolinava a moça toda na frente do namorado. Kaleb que não gosta desses metidos a fortão que se protege à custa de outros babacas, levantou de sua mesa onde fazia um pequeno lanche enquanto esperava seus amigos para praticarem “Le Parkour. (Amigos de fé que toda a cidade de Portland Já conhece e aplaudem quando eles passam em alta velocidade pelos parapeitos dos prédios, escadas de incêndio, corrimãos... etc.)

Kaleb pegou um taco de bilhar e acertou a cabeça do Boss que segurava Tânia depois mandou porrada nos caras que juntaram Ryan e os dois juntos derrubaram os motoqueiros com seus saltos e rodopios depois meteram o pé com Tânia.

Kaleb achou que estava tudo bem, que ficaria por isso mesmo, mas estava redondamente enganado. Naquela noite quando saiu do banho “deu de cara” com os quatro esperando, fortemente armados, Os “paus mandados” estavam ali para levá-lo pro Boss deles, o chefão covarde exigia a presença Kaleb.

Como ele estava na mira das armas concordou! Pediu pros caras um instante para se vestir, eles concordaram não queriam chegar diante do Boss com um cara peladão. Kaleb vestiu as calças e surpreendendo os caras que estavam esperando com ele na mira, se jogou pela janela do quarto dele, segurou no mastro da bandeira, deu dois giros impulsionando o corpo, alcançou o parapeito do prédio, entrou pela janela do outro quarto, calçou os tênis e quando ia saindo um dos capangas que voltava pelo elevador mandou bala em sua direção. Kaleb ouviu uma voz berrando?

- Seu idiota o Boss quer ele vivo!

Aproveitando a “deixa” Kaleb se jogou no corrimão da escada para sair escorregando, quando ia pular para o outro andar foi alvejado pelas costas... Pela arma dos três capangas que não queriam deixá-lo fugir. Kaleb perdeu o momento de segurar por causa dos tiros e caiu lá embaixo...

Ao sair do quarto e não ver ninguém, Vanilla procura pelo irmão por toda casa, quando olha para baixo avista Kaleb deitado em uma poça de sangue. Ele desceu saltando para chegar mais rápido, porém era tarde, seu irmão já estava morto.

Vanilla o abraça chorando, se sujando todo do sangue de seu amado irmãozinho que ele ama tanto e da um grito tão forte e alto que parece um urso ferido.

Depois se debruça sobre os joelhos com a cabeça no chão e chora sentindo uma grande dor. Vanila não tem consciência do que aconteceu, nem sabe o motivo, mas não acredita que fariam isso por uma briga de bar. Ele só compreende a dor de ter perdido o irmão de maneira tão cruel. Os moradores chamam a policia que começa uma investigação, mas Vanilla não pode ajudar. Kaleb não possuía inimigos, era adorado por todos. Os investigadores foram atrás dos amigos que praticavam Parkour com os irmãos, Eles, que também não assistiram a briga, não sabem de nada.

No dia seguinte depois do velório, Vanilla se fecha em casa com uma garrafa de Scott, na penumbra e fica matutando uma maneira de vingar-se, o sofrimento faz crescer o ódio em seu peito, ódio pelo desconhecido.

A noite cai e ele sai as ruas, vai até o bar onde Kaleb mencionou que os amigos de Parkour se encontravam assim como um QG. Vanilla indaga a quem estava no bar, na noite da briga, quer saber se teria mais alguma coisa fora a pancadaria, mas ninguém viu ou não quer falar sobre o assunto. Senta no bar e pede um Scott enquanto pensa:

- Será mesmo que fizeram isso por uma briga?

Nesse instante um rapaz se aproxima e fala baixinho:

- Hey bro! Eu vi com quem seu irmão e o outro cara brigou, cê paga um “teko” pra mim que eu arrisco e abro o bico. Tô precisando vei.

Vanilla sentiu vontade de pegar o rapaz pelo pescoço e obrigá-lo a falar tamanha foi a sua ousadia ao abordá-lo, mas pensa bem e não faz: O cara é um infeliz e sabe de alguma coisa então o melhor a fazer é atendê-lo. Retira uns trocados da carteira e dá ao rapaz que parece ter visto uma joia rara. O cara olha pros lados e começa a falar:

- sabe o que é mano! No dia do acontecido seu mano tava aqui ó! Nessa merma mesa

esperando os cara do Parkour dai aquele outro lá, cumé mesmo o nome? Aquele o mano vei de fé... Ah deixa pra lá! Tava com ciúme da mina dele, porque os cara das moto pegou a mina dele e mandou ver metendo a mão, sabe cumé? bulinando a mina nas parte sexual na frente do namorado. O cara tava preso numa gravata e via tudo sem poder reagi. Kaleb como num gostava dessas coisa não tá sabendo? sacanage ... Teu irmão era sangue bão! Pegou-lhe dum taco de sinuca e mandou ver no cabeção do tal de Boss. Que tava lavando a mão no corpo da mina do cara. Ai”...

- OS NOMES!

Grita Vanilla. Temendo que algo aconteça e o dedo-duro mude de ideia.

Tá bom cara voce merece mesmo sabê eles acha que pode mandar em nois...

- OS NOMES!

Grita mais alto ainda e bate com o copo na mesa assustando o rapaz...

- Ihh.... Camarada!! Tá.. Calma aê ô! Eu vi quem foi, foi os...

Antes que o dedo-duro pudesse concluir recebeu varias rajadas de uma Submachine gun UMP45 pelas costas e caiu fulminado entre os bancos do bar, diante do atordoado

Vanilla que olhou para trás... E só viu todo mundo deitado no chão e o alvoroço de motos que saiam em alta velocidade. Ele correu na porta do bar, mas só conseguiu ver o símbolo dos motoqueiros que é um “crânio faltando um pedaço” desenhado em suas jaquetas. Vanilla perguntou:

- Quem são eles? (Nenhuma resposta)

_ Poxa pessoal! Esses caras podem ser os assassinos de Kaleb. Vocês conheciam meu irmão sabem que era um cara manero...

- Não adianta meu filho!

“Disse um senhor que não se atirou ao chão por ser é paraplégico e cego, continuou na sua mesa com seu lanche porque não era uma "queima-de-arquivo".

- Todos sabem quem você procura meu amigo! Mas eles têm medo de acabar no chão assim como o pobre Rick.

- Como sabe quem morreu? Você não é cego?

- Sim! Mas não sou surdo! Eu conheço as pessoas pelo som da voz. E a voz para mim é como uma impressão digital, ou melhor; fisionomia.

Nisso, chegou a polícia, quando o chefe viu Vanilla disse a ele:

+ Mais uma morte e você está por perto rapaz!

- Ele iria falar quem assassinou Kaleb.

+ Você viu quem foi?

- Não! Estávamos de costas.

+ Então vá para casa e deixe a investigação com o órgão responsável por ela. Não quero vê-lo outra vez na cena de um crime!.

Dizendo isso o policial sai do bar e manda vir o "recolhedor. Vanilla vai para casa pensar num jeito de encontrar os assassinos. Está com a ideia fixa! Precisa descobrir quem foi os caras que roubaram seu irmão de sua vida. Ao chegar chora como criança e adormece no sofá da sala (...)

= Hey Vani! Cê tá bêbado vei? Parece até um bebê babando ai no sofá. Acordai vamos dar um giro.

Vanilla desperta aos poucos, os olhos embaçados por uma claridade sem fim, assim que a claridade dispersa ele vê... Seu irmão??

- Kaleb? Como pode? Kaleb!

= Ih! Que que foi vei? Ta chapado? Já te disse que o Scott vai queimar suas cordas vocal mano.

Vanilla está atônito, entre o sonho e a loucura, Se estiver sonhando, que bom está com seu irmão. Se estiver acordado; Está louco por que ele ajoelhou diante da cova e atirou o primeiro punhado de areia... (Ou será que a morte de Kaleb é que foi o sonho?)

Novamente ele houve seu irmão:

= Comé que é Vani, não vai sair desse sofá? O tempo ta nublado vai dar pruns saltos magníficos.

Vanilla firma seus grandes olhos azul-violeta. É seu irmão quem está ali diante dele;

- Kal, meu Deus! Eu morri?

Ara que morreu mano! Vamos pra rua e para de ingrisia.=

É sim! É o seu irmão quem está diante dele amarrando os coturnos... Sentado na ponta da poltrona como sempre fez... Mas... De camisa vermelha? Cal odeia vermelho, desde bebê tem aversão pela cor vermelho. Enfim Vanilla pergunta:

- Kaleb, o que faz aqui? Porque está usando essa camisa vermelha?

= Que vermelha meu? Cê bebeu mesmo! Minha camisa è branca, aquela que você me deu olha aqui.

E vira de costas mostrando a Vanilla os pára-quedas que ele desenhou. Está quase imperceptível em contraste com o vermelho, o desenho era cinza no branco.

Kaleb levanta da poltrona e vem ao seu encontro:

= Ah! Vou te tirar daí agora, cê vai ver uma coisa...!

E parte para cima do irmão, ele sempre o tira da cama matando-o de cócegas... Vanilla vê seu irmão se aproximando com seu conhecido sorriso matreiro, que sorri até com os olhos, olhos verdes como os de sua mãe, Kaleb também era muito bonito! Mais baixo um pouco que Vanilla cabelos mais escuros e uma vivacidade indescritível tinham a voz bonita, mas não queria seguir carreira artística, optou por medicina veterinária. Kaleb chega perto se debruça sobre Vanilla e... Seus corpos se misturam! Passam através um do outro. Vanilla chora! Kaleb levanta assustado.

= Vanilla você está morto? Não!!!!! Quando foi que aconteceu isso?

Vanilla não sabe o que dizer... Kaleb retrocede de costas cambaleando inconsolável ao pensar que seu irmão está morto. Sem perceber passa através da mesinha de centro... Quando está na metade da sala ele nota o que está acontecendo... "

=Vani... Eu que sou o morto!

Só então Vanilla fala:

-Deve ser um sonho! Daqui a pouco vou acordar.

= Não é sonho Vani! Estamos aqui juntos, mas eu não me lembro de ter morrido. Não me sinto morto! A realidade só se mostrou quando eu vi que não sou matéria! Passei através dos objetos da sala. O que foi que aconteceu mano véi?

Vanilla se levanta e vai abraçá-lo, mas passa por ele. Sem jeito vai até a janela, olha para baixo e conta:

- Eu estava tocando antes do show como sempre faço, daí ouvi tiros, corri pela casa toda com um aperto no peito com medo de ser com você. Até que te vi lá embaixo. Corri até lá, mas era tarde demais alguém alvejou você varias vezes Kal. Desde então tenho procurado os assassino sem indício nenhum, o delegado já está no meu pé. Você não se lembra mesmo de nada?

= Não! Só que estava dormindo e me levantei para me arrumar e vim para te acordar...

- Então para você hoje é o dia do show?

= Sim! Não é?

- Não Kal! Amanhã faz uma semana, a banda foi para turnê com Ramirez na batera.

= Não! O público paga para ver você mano!

- Tudo bem mano! Eles sabem sobre nós e estão sendo bastante solícitos.

De repente ele para!

- Kaleb! Lembrei algo que pode nos ajudar! Lembra aquela moça que gosta de você? Aghata aquela menina mística.

=Lembro, e daí?

- Ela sabe falar com entidade, espíritos, sei lá! Quem sabe ela possa te ajudar a lembrar. Quer tentar?

=Pô, aí vei, quero sim, mas a mina vai levar um puta susto. Talvez nem consiga conversar né? Sabe o que estou pensando mano? Será que todo mundo me vê?

- Putz ! Sei não mano nem havia pensado nisso! Precisamos testar... Vamos sair do prédio? Topa?

= Vamos lá vei! Espero que não saiam por ai gritando quando me vê, que nem aquele carinha do gibi.

- Que carinha do Gibi Kal?

= O Fantasminha Camarada! ahahah

- Ai mano que merda é essa? Isso não é brincadeira Kaleb!

= Ta manero mano! Vamos!

Respondeu Kaleb ainda dando risadinhas. Eles chegaram casa de Aghata e Vanilla contou a ela o que estava acontecendo. Aghata ficou perplexa!

- Meu Deus Ele está aqui Vanilla?

- Sim gata! Do meu lado, você não vê?

- Não Vanilla, só consigo vê-los em sonho, preciso estar dormindo para que isso aconteça. Sou vidente num grau fraco, e somente durante teu sono; Você é quem tem o dom Vanilla você com seu imenso amor segura-o neste mundo. Mas ele precisa ir!

Você tem que permitir que seu irmão vá embora meu amigo... A separação do corpo e do perispírito se opera gradualmente, e não de modo brusco; o que leva certos Espíritos a crer que ainda estão vivos. E quando alguém que o ama muito chama seu nome muitas vezes, mesmo que em pensamentos ele não vai, fica entre nós. Seu perispírito é ainda tão material que ele o crê sujeito a todas as necessidades do corpo assim como está acontecendo com vocês.

Quando a morte surpreende, de improviso, um corpo cheio de vida, a separação não começa neste momento, e não acaba pouco a pouco. Enquanto existir um laço, uma ligação, entre o corpo e o Espírito, este se manterá na perturbação, e se entrar bruscamente no mundo dos Espíritos, sentirá um abalo que não lhe permitirá

reconhecer no momento a sua situação; Ele realmente acredita ainda ser deste mundo. E esta ligação é você Vanilla que na sua dor não o permite partir. Mas como você o trouxe aqui para achar um modo de pegar os assassinos, você pode ajudar dando força a Kaleb quando ele precisar. Como ele ainda esta na terra por seu desejo você pode desejar o que quiser para ajudá-lo a apanhar os malfeitores.

- Como assim Aghata?

- É fácil Vanilla basta você desejar que Kaleb seja forte, muito forte ou que consiga bater nos safados ou até mesmo que eles consigam ver Kaleb, o que seria desastroso para eles sabendo que houve o enterro de Kaleb.

- Entendi! Eu já sei quem procurar, os motoqueiros que o símbolo é um crânio faltando um pedaço.

= São os “broken heads” eles são de uma gangue perigosa mano. Diz Kaleb.

- Eu te ouvi Kaleb! Não me faça vê-lo Vanilla, por favor.

Fala Aghata emocionada.

- Nós vamos então Aghata! Te agradeço muito gata.

- Cuidado Vanilla Você ainda vive.

= Pode deixar Aghata tomarei conta dele.

Disse Kaleb matreiro como se fosse a coisa mais simples do mundo. Aghata sacode a cabeça e pede a Vanilla:

- Vá, Vanilla, e depois o deixe em paz! Ele precisa partir com a calma, a serenidade, a doce quietude daqueles que morrem sem remorso, com a consciência de haver bem empregado o tempo de sua estada neste mundo.

Os dois foram em busca dos “broken heads”

Kaleb sabia onde era seu esconderijo, pois eles tinham um galpão onde guardavam o fruto de seus roubos. Chegando lá Vanilla diz aos crápulas que estavam bebendo no galpão.

- Levem-me ao Boss.

Eles partiram para cima de Vanilla que de um salto foi parar lá em cima nas madeiras das amarras do telhado do galpão. Quando se preparam para atirar Kaleb apareceu diante deles sorrindo chamando-os para briga com o indicador e um sorriso largo.

A ordem do amor de Vanilla assumida inexplicavelmente por Kaleb e o desejo de vingança contribuíram para que o inacreditável desfecho da luta se tornasse possível. Os cães foram soltos simultaneamente. Eram 3 cães da raça - ROTTWEILER

– O Rottweiler é uma das mais antigas criações conhecidas pelo homem e estavam possuídos pela mesma sede de sangue. Os 3 chegaram ao mesmo tempo ao ponto onde a distância das vítimas permitia um bote pelo ar. Os 3 cães em conjunto, como numa coreografia exaustivamente ensaiada, levantaram um "voo", parecendo um balé, ergueram primeiramente as patas dianteiras. As feras suspensos no ar formaram um semicírculo na frente dos dois irmãos que estavam um colado nas costas um do outro. As gargantas dos animais na altura dos seus olhos. Vanilla girou a parte superior do corpo para o lado esquerdo, fazendo uma ginga de capoeirista, ao mesmo tempo em que retirou um punhal da cintura com a mão direita. Os animais estavam devidamente alinhados para o golpe perfeito. Vanilla deu um impulso com a mão esquerda no chão refez seu caminho, voltando da esquerda para direita, degolando completamente os animais com o punhal de corte laser. A mesma coreografia que os adestradores ensinaram aos cães para atacarem serviu para serem mortos pelo punhal e as danças no ar dos irmãos "traceurs" .

Acabaram-se os cães do Boss, que agora, da janela do prédio, olhava incrédulo para aquele estranho que até então ele não conhecia com o seu afiado punhal na mão.

“Como Vanilla ainda não tinha visto o Boss ele também não via Kaleb”.

Vanilla levantou o olhar para janela e, olhou firmemente o cara que estava lá como um Deus dos otários e falou pela primeira vez desde que chegou.

- “Então voce é o Boss? É você que eu quero!”

vociferou, grave e imponente!!

Nesse instante Boss avistou Kaleb e teve uma vertigem de espanto.

- Como é possível esse carinha estar aqui na minha frente? Meu Deus...

- Onde estão seus capangas “perigosos?

Perguntou Vanilla debochado. E Boss irado berrou aos capangas “perigosos”:

- Peguem esses idiotas!!! Seus FdP covardes! Fantasma não pode tocar em vocês!

Kaleb tira uma brincadeira:Os capangas distribuídos em pontos estratégicos descarregam suas Submachine gun em cima dos irmãos que se abrigam se jogando no chão. -

- Nossa! Mano que mico gigante, eu não morro, p/quê me joguei no chão vei?

- Que isso Kaleb! Não confie mano! Você não sabe até que ponto eu te trouxe de volta, isso pode doer.

Kaleb se cala. Os dois por sinais combinam uma maneira de pegar os “fracotes”. Fazem sinal de afirmativo e vão. Kaleb dá um impulso no chão, Cai apoiado nas mãos, jogas as pernas para trás fazendo um arco apoiando novamente os pés no chão e impulsionando. E assim atravessa o gramado com esses saltos rápidos até um carro que está a 20 metros da distância da entrada. Onde ele salta em cima prendendo a atenção dos capangas enquanto Vanilla vai em direção oposta saltando do mesmo jeito até um capanga que está atirando em Kaleb. Termina os saltos colocando uma das mãos no chão e dando uma estrela com as pernas dobradas e esticando-as para frente no momento exato de chutar cara, az com com as duas pernas, em seguida apóia a outra mão no chão impulsionando e caindo de pé. O Capanga cai de costas batendo a cabeça na parede ficando sem sentidos. Vanilla aproveita e amarra as mãos dele com a correia da UMP45 que ele carregava e o arrasta até a porta do carro onde o cara estava escondido e prende seus pés com o cinto de segurança. Enquanto Kaleb continua com suas aparições fazendo os capangas atordoados atirarem a esmo.

Vanilla de trás do carro avista dois capangas bem perto um do outro combinando uma estratégia para pegá-lo.

Então sorrateiro como um gato, ele salta no telhado do carro onde amarrou o Cupixa, depois salta de costas apoiando a mão no caput e dá um impulso, passando por cima dos dois caras, bate os pés na parede voltando como um projétil caindo sobre os dois que atiram para cima diante do susto. Vanilla dá uma estrela de jeito que um deles fique debaixo do golpe, então ele aplica uma cabeçada e puxa o cara pelos braços, arremessando-o para frente, e sai num mortal de frente e rapidamente antes que o outro se recupere da surpresa ele lança a perna que está atrás, ainda no ar contra o segundo capanga atingindo como um “canhão” na região do abdômen com o calcanhar fazendo o cara lufar o ar e desmaiar. O outro que se recuperava meio tonto atacou. Vanilla pega a metralhadora do cara no chão e bate na cara dele deixando-o desacordado. O Boss berra como um louco da janela:

-Seus imbecis! Olha o outro! Para de atirar no morto ele não pode nos atacar.

Ao ouvir isso, Kaleb levitou de braços cruzados até a janela do de Boss que descarregou sua 45 sobre ele. Kaleb continuou se aproximando... Ao ver que as armas não resolviam, Boss correu! Foi até a escrivaninha pega uma sacola, retirou o dinheiro e as ações que estavam no cofre e pôs dentro. Estava prestes a sair quando Vanilla entrou protegido pelo ultimo capanga acordado que ele segurava em uma gravata por trás. Boss atirou varias vezes ferindo o cara que Vanilla jogou em cima dele. E se escondeu atrás da escrivaninha. Enquanto Boss recarregou a arma Vanilla saltou em cima dele tentando segurá-lo em uma gravata, mas Boss livrou-se antes que ele apertasse o golpe, jogando Vanilla por cima da cabeça.

Vani caiu apoiando as mãos no chão e com uma abertura fenomenal de pernas, ele bateu com o pé direito na cara de Boss, rodopiando o corpo, bateu com o esquerdo. Boss tonteou e caiu, Vanilla pulou sobre ele no chão, apanhou o punhal na cintura e desfechou um golpe com toda sua ira... Nisso ouve o apelo de Kaleb que pedia desesperado:

= NÃO!!! Não faça isso meu irmão!

Ao ouvir a voz de Kaleb, Vanilla desvia o golpe resvalando no braço esquerdo de Boss que ao sentir a dor recuperou-se e golpeou Vanilla no rosto enquanto ele foi distraído com o grito do irmão e tentou jogá-lo por cima de sua cabeça...

Porém Vanilla foi mais rápido e socou o rosto do Boss tantas vezes quanto conseguiu, A mão dele já estava em carne viva, mas ele continuava socando a cara do famigerado líder dos motoqueiros já está desfigurado. O ódio de Vanilla era tão grande que ele nem percebeu, só QUERIA QUE TODO SEU SOFRIMENTO ACABASSE... A sirene estridente da polícia que foi alertada por um morador por causa do tiroteio... trouxe Vanilla de volta ainda segurando na garganta de Boss ele apertava, apertava, queria estrangular a dor de seu coração.... As mãos grandes de Vanilla e fortes pelos exercícios do “Le Parkour” estão prestes a destroçar os ossos e as cartilagens do pescoço do Boss achando que só assim poderá ter paz! Kaleb implora que ele pare! Vanilla não ouve! Não quer ouvir! Quer o fim de Boss! Quer o im daquela dor imensa em seu peito.

De repente a voz de Kaleb fica mais suave, calma, ele não grita mais. Está sereno.

E fala pausadamente.

= Vanilla meu irmão querido! Não faça isso! Você não me trará de volta! Só irá estragar sua vida atrás das grades de uma prisão fétida.

Solta ele e olha pra mim! Eu estou bem agora!

Vanilla levanta os olhos e na mesma hora solta Boss. Kaleb está em uma nebulosa brilhante de fundo azul um facho de luz azulada transpassa o corpo dele. Kaleb está desvanecendo! Vanilla grita para o irmão levantando de cima de Boss rapidamente tentando alcançar Kaleb.

- Não Kaleb! Não me deixe irmão! Não outra vez!

= Vanilla! Eu não voltei! Você materializou meu perispírito com seu grande amor. E posso com isso mudar toda estrutura de vida na terra.Mas não me é permitido ficar, estarei burlando as leis naturais ficando.

Vanila tenta segurar a mão de Kaleb! Já não pode mais....

Ele é somente uma nebulosa azul brilhante e vai sumindo ficando cada vez mais transparente. Os policiais entram dando voz de prisão!:

Vanilla está ajoelhado debruçado sobre o seu corpo com as mãos no rosto e chora.

Boss geme ao lado do corpo do capanga que acaba de despertar e urra de dor pelo tiro que levou O policial levanta Vanilla diante da janela, o algema com as mãos para trás, resmungando:

- Você não foi proibido de estar na cena de um crime?

Vanilla olha pela janela; lá embaixo os três capangas estão amarrados todos juntos com cintos de segurança. Ele sorri com o canto da boca, suspendendo uma sobrancelha.

- “Eu não os amarrei assim juntos... Só amarrei UM! Kaleb"!

E responde ao policial:

- Senhor! Aqui não tem um crime, só criminosos.

Depois de todas as explicações o policial solta Vanilla e pergunta:

- Como você fez tudo isso contra um poder de fogo tão acirrado dos adversários? Eles usaram armas pesadas. E voce está desarmado! A não ser a arma que você usou nos pobres cães! Esses foram vítimas, eles são induzidos a matar desde que nascem.

Vanilla arrancou um pedaço da camisa enrola na mão direita que está sangrando, olha de lado, jogando os cabelos que estão soltos para trás e responde convicto:

- Tive ajuda do céu Senhor! Do meu anjo da guarda!

Entra em seu Porsche negro e sai com um ronco envenenado. Liga o rádio do carro, está tocando na rádio difusora local, uma canção da banda “The Highly Touted” – “ A canção "Love forever”

le dirige em alta velocidade sentindo sobre o rosto a carícia do vento e pergunta aos céus?

- Será que ainda o verei outra vez meu irmão? Aqui na terra ou aí onde voce está?

...

Vanilla & Kaleb


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